TRABALHADOR NO CAMPO ALEGRIA E MARTÍRIO *
A lida no campo é dura, mas tem o seu lado bonito...
O canto dos pássaros, o contato com a natureza,
Reuniões, prosas, “causos” e as “treições”, ritos...
Formas de lazer, cada vez mais, de rara beleza.
Nas “treições” homens e mulheres, à meia noite
Em grupo coordenado, vão ao sítio do “escolhido”...
Chegada, com muita música, tem início o pernoite.
Foguetes saúdam o agricutor, que não teve aviso.
O morador se levanta às pressas, muito assustado,
Abre as portas da casa, que fica repleta de gente...
Pessoas amigas, ferramentas, tudo vê atordoado,
Foices, enxadas, cutelos, machados a sua frente...
Senhoras, moças e crianças com rodas de fiar...
Antes de raiar o dia todos a postos para trabalhar.
As mulheres fiam e cantam cantigas do lugar,
Homens, firmes no pasto, formam corais a cantar...
Grande alegria, na roça e na casa do trabalhador...
No mutirão trabalham homens, mulheres e crianças.
Na chuva ou sol, o trabalho se consuma, é o valor...
Comida farta, encerra as tarefas, com festança...
Repentistas nos versos exaltam o dono da roça,
Donos da casa, dançam ao som da sanfona rouca...
Os foliões apresentam a “catira” sertaneja, troça,
Com acompanhamento de viola e gaita de boca...
Tudo era trabalho, brincadeira, ação de irmãos,
Agora os trabalhadores rurais mudam sua ação,
Entre o medo e o desejo, substituem a tradição
Pela necessidade de ascenção social, vitória...
Tragados pela economia de mercado, logo são
Tolhidos também em sua identidade e história...
Poema Inédito.
*Núcleo Temático Educativo.
Ibernise M. Morais Silva. Indiara (GO),01.05.2007.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
A lida no campo é dura, mas tem o seu lado bonito...
O canto dos pássaros, o contato com a natureza,
Reuniões, prosas, “causos” e as “treições”, ritos...
Formas de lazer, cada vez mais, de rara beleza.
Nas “treições” homens e mulheres, à meia noite
Em grupo coordenado, vão ao sítio do “escolhido”...
Chegada, com muita música, tem início o pernoite.
Foguetes saúdam o agricutor, que não teve aviso.
O morador se levanta às pressas, muito assustado,
Abre as portas da casa, que fica repleta de gente...
Pessoas amigas, ferramentas, tudo vê atordoado,
Foices, enxadas, cutelos, machados a sua frente...
Senhoras, moças e crianças com rodas de fiar...
Antes de raiar o dia todos a postos para trabalhar.
As mulheres fiam e cantam cantigas do lugar,
Homens, firmes no pasto, formam corais a cantar...
Grande alegria, na roça e na casa do trabalhador...
No mutirão trabalham homens, mulheres e crianças.
Na chuva ou sol, o trabalho se consuma, é o valor...
Comida farta, encerra as tarefas, com festança...
Repentistas nos versos exaltam o dono da roça,
Donos da casa, dançam ao som da sanfona rouca...
Os foliões apresentam a “catira” sertaneja, troça,
Com acompanhamento de viola e gaita de boca...
Tudo era trabalho, brincadeira, ação de irmãos,
Agora os trabalhadores rurais mudam sua ação,
Entre o medo e o desejo, substituem a tradição
Pela necessidade de ascenção social, vitória...
Tragados pela economia de mercado, logo são
Tolhidos também em sua identidade e história...
Poema Inédito.
*Núcleo Temático Educativo.
Ibernise M. Morais Silva. Indiara (GO),01.05.2007.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.