Chuva no sertão

Nada é mais bonito

de se ver no meu sertão

É quando a chuva

chega para molhar o chão.

A fauna e a flora se

transforma deixando o

tempo da seca ir embora.

Por aqui o tempo de

estiagem já passou,

começou os primeiros pingos,

viva! A chuva chegou.

O cinza que cobria o mato

com a chuva a folhagem esverdeou,

viva! a chuva chegou.

Os pássaros em revoada

cantam de alegria

os açudes cheios

transbordam em sangria,

o bem-te-vi do seu ninho

bateu asas e voou,

viva! A chuva chegou.

Sobre as serras

nuvens carregadas

relâmpagos ao som de trovoadas,

a água escorrendo da colina

bonito é o voou do galo-de-campina,

a siriema com o seu canto avisou

viva! A chuva chegou.

O preá se alimenta

no mato rasteiro

Logo ali naquele tabuleiro,

e o casal de rolinha faz a sua morada

no galho do marmeleiro.

O lambú sai para se alimentar

Lá de cima observa o carcará,

esperando para dar

o bote certeiro

enquanto o concriz se lambuza

na fruta vermelha do cardeiro.

Na casa de alpendre

um velho sentado

olhando a paisagem

e lembrando do passado,

vendo os netos

brincando e se banhado,

bem ali de lado.

Essas são coisas que

acontece no meu sertão

quando as chuvas chegam

para molhar o chão.

Ualisson de Assis
Enviado por Ualisson de Assis em 05/02/2014
Reeditado em 20/01/2022
Código do texto: T4679115
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