Chuva no sertão
Nada é mais bonito
de se ver no meu sertão
É quando a chuva
chega para molhar o chão.
A fauna e a flora se
transforma deixando o
tempo da seca ir embora.
Por aqui o tempo de
estiagem já passou,
começou os primeiros pingos,
viva! A chuva chegou.
O cinza que cobria o mato
com a chuva a folhagem esverdeou,
viva! a chuva chegou.
Os pássaros em revoada
cantam de alegria
os açudes cheios
transbordam em sangria,
o bem-te-vi do seu ninho
bateu asas e voou,
viva! A chuva chegou.
Sobre as serras
nuvens carregadas
relâmpagos ao som de trovoadas,
a água escorrendo da colina
bonito é o voou do galo-de-campina,
a siriema com o seu canto avisou
viva! A chuva chegou.
O preá se alimenta
no mato rasteiro
Logo ali naquele tabuleiro,
e o casal de rolinha faz a sua morada
no galho do marmeleiro.
O lambú sai para se alimentar
Lá de cima observa o carcará,
esperando para dar
o bote certeiro
enquanto o concriz se lambuza
na fruta vermelha do cardeiro.
Na casa de alpendre
um velho sentado
olhando a paisagem
e lembrando do passado,
vendo os netos
brincando e se banhado,
bem ali de lado.
Essas são coisas que
acontece no meu sertão
quando as chuvas chegam
para molhar o chão.