Cordel da Natureza
O sol chega de mansinho
Com seu olhar atraente
Devagar, devagarinho
Ele vai ficando quente
Quando passa das dez horas
A situação piora
Dele, corre muita gente.
Porque não tem quem aguente
Ficar muito tempo exposto
Começarás bem contente
Mas depois terás desgosto
Ao olhares no espelho
E notares bem vermelho
E muito queimado o rosto.
Seja no mês de agosto
Ou em outro mês qualquer
As ondas do mar também
Por está baixa a maré
Está mansa, logo cedo
Porém depois causa medo
Ao homem e à mulher.
Quem enfrentá-las quiser
Terá que ter precaução
No mar, você tome pé
E se te cobrir, então
É bom você recuar
Elas podem te pegar
Poderás ir pro caixão.
O adormecido vulcão
É bom dele, ter cuidado
Os homens às vezes não
Estão tão bem preparado
Se do vulcão, moras perto
deves ficar bem esperto
Pra que não sejas tragado.
Tu ficas iluminado
Quando um raio aparece
Tens que ficar isolado
Quando a tempestade cresce
Raio surge, não avisa
E o homem que "deslisa"
Logo cedo à cova desce.
O homem que não conhece
O poder da natureza
Por não conhecer, perece
A mesma é rica em grandeza
Ela tudo nos fornece
Porém muitos não parece
Olhar pra tanta riqueza.
Estrofe atípica:( Decassílabo )
Tem gente que não se liga
Você pode ter certeza.
Alguns, a torneira liga
Que forma até correnteza
De água indo pro ralo
Quando eu revoltado, falo
Me responde com frieza:
"Não ligue com meu estrago
A conta, sou eu que pago
Vejam vocês que tristeza"!