REISADO
Mato Grosso, minha terra,
foi lá que eu conheci
o reisado que encerra
o que você canta aqui.
Nos meus dias de menina
toda festa natalina
comandava seu Bibi.
Era vesgo de um olho
na boca não tinha dentes
e mesmo sendo caolho
animava os presentes.
E mesmo que fosse dia
boa noite ele dizia
em seu reisado plangente.
Boia noite, boa noite!
Boa noite lhe deu Deus
Bom Jesus sofreu açoite
do povo que escolheu.
Deus lhe pague sua esmola
coloque nesta sacola
não seja um filisteu.
No reisado e na catira
ficavam admirados
com o pandeiro em tiras*
e o alegre sapateado
foliões embriagados
pés descalços e rachados
assim era o reisado.
(*) os pandeiros eram enfeitados com fitas desbotadas que lembravam tiras de pano envelhecidas.
Interação ao texto: VENHA PRA CÁ! - FESTA DE SANTOS REIS EM CUPIRA-PE
De: Carlinhos Cordel
Minha mana, Milla Pereira, interage neste texto com esta bela história; obrigada, mana!
Belas lembranças, maninha,
de tua terra natal
que me remeteram as minhas
e às festas de quintal.
Festa de Reis e catira
da lembrança nada tira
a beleza do Natal!
O meu pai vinha à frente
da multidão que cantava.
muito feliz e contente
a catira ele dançava.
Seu Geraldo na viola
tirava notas de sola
e a todos encantava...
Quando a noite chegava
galinhada e cantoria
ali tudo se juntava
numa eterna alegria.
O meu pai no violão
cantava todo o sertão
na mais perfeita harmonia...
Maninha, grata por me fazer lembrar das festas típicas lá de Campina Verde.
Beijo, Milla
de tua terra natal
que me remeteram as minhas
e às festas de quintal.
Festa de Reis e catira
da lembrança nada tira
a beleza do Natal!
O meu pai vinha à frente
da multidão que cantava.
muito feliz e contente
a catira ele dançava.
Seu Geraldo na viola
tirava notas de sola
e a todos encantava...
Quando a noite chegava
galinhada e cantoria
ali tudo se juntava
numa eterna alegria.
O meu pai no violão
cantava todo o sertão
na mais perfeita harmonia...
Maninha, grata por me fazer lembrar das festas típicas lá de Campina Verde.
Beijo, Milla