Chuvas
CHUVAS
Dilúvio que cai,
não para de chover.
Chove, chove águas torrenciais -
d’onde vem tanta água? -,
que alaga aqui, acolá... No horizonte, do lado de lá!
Chuvas que não param,
que pessoas em desespero, gritam por ajuda... Imploram!
Deus! Nos acuda!
Poças que viram lagos...
Ladeiras que escoram cachoeiras,
que desenfreadas correm e destroem, barrancos que deslizam,
que casas, barracos, carregam arrastam.
Lamas que soterram, sufocam e matam.
Chuvas que de gotas em gotas se transformam em torrentes,
que no chão caem e formam correntes,
que devastam, destroem, matam!
Chuvas que não param,
que enchem, transbordam córregos, riachos e rios
transformando-os em mares...
Rios e mares!
Chuvas que não cessam,
que continuando, matam!
Vida... Que renasce após o dilúvio...
Brotam tênue, frágil... Mas vida!
BNandú dez/2013