POR QUE NATAL FESTEJAMOS
Por que Natal festejamos?
Por ser a data cristã,
Pela qual nos alegramos,
Por ser de Cristo a manhã
Do dia que acreditamos
na vida com todo afã.
Pelo nascimento santo
E pela vida regrada
Pelo poder do seu manto
Pela hóstia consagrada
Pelo sofrer tanto, tanto
Dar tudo em troca de nada
Pela tremenda humildade
Por tanto milagre havido
Por exercer a verdade
Sem nunca ser corrompido
Por amar a humanidade
Tendo a vida oferecido.
Foi há muito que Jesus
Deu seu exemplo sem par
Irradiando sua luz
Para nos iluminar
Mesmo sabendo que a cruz
Teria que carregar
Menino ainda buscou
Sua doutrina explicar
E a cada douto mostrou
A razão de ali estar
E sendo assim demonstrou
O esplendor do seu altar
Andou, sofreu tentações,
Vagou em pleno deserto.
Nas suas meditações
Pode ver o Pai de perto
Firmando as convicções
Ante as privações, decerto.
Passou fome, passou frio,
Pela nossa salvação
Resgatou quem foi, sem brio,
Parar na estagnação
E no santíssimo trio
Teve sua inspiração.
Ensinou ser desprendido
E o pão bem dividir
Perdoou o arrependido
Dando um caminho a seguir
Ergueu quem tinha morrido
Fez a vida ressurgir
Agiu com simplicidade
Diante da grosseria
Mostrou ser a humildade
Irmã da sabedoria
Exerceu a igualdade
Todo tempo, todo dia.
Suas preces elevou
No alto Monte Sinai,
Por cada irmão que pecou,
Ao ver a fé que se esvai,
Novo caminho mostrou
Na direção de Deus Pai.
Mostrou com seu Lava Pés
Aos apóstolos servidos
Lições a todos fiéis
Passos a serem seguidos
Com a inversão dos papéis
Sem papéis comprometidos.
Solicitou que crianças
Viessem ao lado seu
Estimulou esperanças
Até para quem perdeu
Pôs corda à frente das tranças
Nas tranças de quem teceu
Jamais cobrou penitências
Do livre arbítrio fez conta
Nunca explorou as clemências
Nem tão pouco à conta pronta
Fez valer clarividências
A muita cabeça tonta.
Atraiu massas inteiras
Com seu Evangelho dito
Trouxe noções verdadeiras,
Para o povo mais aflito,
Fez das orações primeiras
Seu discurso favorito.
Traído pelo parceiro
Foi preso e torturado
Pelo nobre companheiro
Foi, por três vezes, negado
Mas no instante derradeiro
Lembrou de ter perdoado
Sofreu injúrias terríveis
Foi levado a julgamento
Com danos morais incríveis
Apanhou feito um jumento
Mas crenças irredutíveis
Mostrou a cada momento.
Quando já crucificado
Abriu mão do seu poder
E ao invés de ter lutado
Deixou-se apenas morrer
Para poder ter levado
Cada um de nós a viver
Sabia que estava escrito
Nas sagradas escrituras
E dito e muito bem dito
Que sofreria as agruras
Para mostrar expedito
Que não teria amarguras
Sua doutrina no mundo
Esteve em tempo e lugar
Um sentimento profundo
Com todo gesto de amar
Sendo por isso fecundo
Fundo em qualquer linguajar.
Por cada razão mostrada
Nosso aniversariante
Tem a data consagrada
Saudada por visitante
Ou por quem tem a morada
Na terra bem mais distante.
Independente da cor
E condição social
Comemoremos com amor
Toda festa de Natal
Porque nela o Criador
Mostra seu ser imortal.
No entanto não devemos
Esquecer os pressupostos
Para que nunca deixemos
Os ensinamentos postos
Coerentes com o que cremos
Diversos aos nossos gostos
Para o banquete devido
Chamemos Cristo à festa
Mostremos que ele é querido
Porque ensina o que presta
Demonstremos o amor tido
Como o resto que nos resta.
Vamos ter Natal diário
Tornemo-nos mais cristãos
Vamos ter no aniversário
Cristo e nossos irmãos
Viver Natal solidário
Todos juntos dando as mãos.