AS CONFRATERNIZAÇÕES E SUAS HIPOCRISIAS
Em dezembro nas empresas
Festas de comemorações.
Tem muita hipocrisia
Também grandes frustações
Colegas que mal se falam
Fingem-se de amigões.
De muitos durante o ano
Não se tem nem um bom dia.
E nestas ocasiões
Só se vê hipocrisia.
Muita gente aproveitando
Para babar a chefia.
Já começa com história
Do tal amigo secreto.
Quem tira o nome do chefe
Dá-lhe mais o caro objeto.
Quem tira um faxineiro
Não lhe mostra tanto afeto.
Quando termina o sorteio,
E começando a festança:
Tem cinco tipos de gente
A se mostrar já se lança.
O bêbado inconveniente;
O que se acha ás na dança.
Tem também as “periguetes”
E o famoso pegador.
Fofoqueiro chama o chefe
Todo tempo de doutor.
Entregando os colegas
Um verdadeiro impostor.
As “periquetes” se vestem
Sempre de shorts ou de saias curtas,
Para mostrando as coxas,
Muitas feias que o cara surta.
Até aparece bêbado
Que aquele bagulho curta.
As “periquetes” também gostam
De andar muito pintadas.
Com batons extravagantes
E chama atenção na entrada.
Pra ver se alguém se interessa
Com ela curte a noitada.
Pegador se julga o tal
Em toda mulher da encima.
Tem deles que levam foras
Mas não perdem a alta estima.
Continuam na batalha.
Mentem muito ainda por cima.
O pegador é gabola.
E conta muita vantagem.
Todas estão a fim dele.
Muita conversa e bobagem.
Diz nomes e telefones
De mulheres. Só plumagem.
Depois de passada a festa
Tudo volta ao normal.
Os comentários da festa
Somente pra falar mal.
Fulano é isso, aquilo,
Beltrano quer ser o tal.
Por isso não me convidem
Pra confraternizações.
Pra não passar por hipócrita
Entre um bando de bobões,
Que aproveita esse dia
E pregam grandes sermões.
HENRIQUE CÉSAR pinheiro
FORTALEZA, DEZEMBRO/2013