O RETRATO DA POLÍTICA BRASILEIRA-23.

Êta que tema intrigante,

Pra enredar tanta gente,

Pois essa tal de política,

Tão falada abertamente,

Tem feito dessa nação,

Um amontoado de ladrão,

A fraudar tranquilamente.

Esse trem descarrilado,

Ninguém consegue parar,

Assim, pois se passa anos,

Com tantos sempre a falar,

Implanta-se aqui o cartel,

E os batalhões do creu,

Ficam sempre como está.

Muda governo e prefeito,

E os tais desvios continua,

Dos pequenos aos maiores,

Uma verdade nua e crua,

Pois esse bando de insetos,

Logo criam novo método,

Pra que do bem usufrua.

Nem ligam para o eleitor,

Depois que passa a eleição,

O fraco que se arrebente,

Poucos por esses se farão,

Logo após ser empossados,

Em gabinetes adornados,

Dançam em comemoração.

Riem por toda a façanha,

Cantam que nem a cigarra,

Rápido aprende as manhas,

E as formas de fazer farras,

Que o melancólico do eleitor,

Ver a roubada que entrou,

Porem no sistema esbarra.

Pra completar a tragédia,

Com esse tal voto secreto,

Onde os políticos mentiroso,

Gabam-se por ser espertos,

Pregam mentira por verdade,

Dentro da grande irmandade,

Aumentam mais os insetos.

Pior que peste Bubônica,

É essa política brasileira,

Quanto mais o tempo passa,

Aumentam-se as asneiras,

Entra-se sem saber nada,

E lá com as cobras criadas,

Mente mais que feiticeira.

O que se ver pelas ruas,

São pobres desiludidos,

Vendo a renda do país,

Fazer cama de bandidos,

E aqueles que fazem a lei,

Ter quinze dias por mês,

Pra achincalhar os falidos.

Apenas quatro sessões,

Uma por semana apenas,

Se um Mês tem trinta dias,

Vive-se um triste dilema,

E os outros vinte e seis,

Dos trinta dias do mês,

É pra montar o esquema.

Os falidos dos quais falo,

São os cofres da nação,

Que já estão saturados,

De tanto meterem a mão,

Pior que rabo de peba,

Milhares vivem na merda,

A mendigar água e pão.

Só se ver gente caindo,

Mudam chefes e diretor,

Sai e entra secretários,

Mas o trem já desandou,

Com políticos mercenários,

Fazendo eleitor de otário,

Comer do que não plantou.

E vocês que estão lendo,

Há de alguém concordar,

Vivemos numa escravidão,

Sem ter pra onde escapar,

Está desenhado o esquema,

E se o pobre entrar e cena,

Não tem pra quem reclamar.

É coisa de outro mundo,

Essa política do Brasil,

Criam-se tantos partidos,

Como ninguém nuca viu,

Só se fala em democracia,

E com toda essa anarquia,

Foi-se o Brasil varonil.

A política que era cargo,

Aqui já virou profissão,

Composta de analfabetos,

Os mestres da enganação,

Com as falsas ideologias,

Arrebanham a maioria,

De burros sem formação.

Parece que estou vendo,

Se formarem caravanas,

Pra cada sigla partidária,

Estamparem os bacanas,

Vindo aos trouxas tapear,

Pondo os tais para brigar,

Enquanto ganham banana.

Deus me livre de política,

Diz o pai repete a filha,

Não voto em mais ninguém,

Isso é canoa sem quilha,

Mas como o coitado é besta,

Vem alguém faz-lhe a cabeça,

Ganhando toda a família.

O que entra na política,

Fica tão mal acostumado,

Que aprende artimanhas,

De ficar bem informado,

Vai sua conta engordando,

E muita gente brigando,

Pra defender os safados.

Em todo ano de política,

Aparecem tais figuras,

Fazendo tanta promessa,

Levando o besta à loucura,

Na ânsia de se dar bem,

Gastam os últimos vinténs,

Pra eleger tais criaturas.

Quero deixar um conselho,

Meu caro eleitor e amigo,

Não vos deixem iludir-se,

Pois é ai que mora o perigo,

Político bom nasceu morto,

Pois o pau que nasce torto,

Morre torto isso lhes digo.

Cosme B Araujo.

27/11/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 27/11/2013
Reeditado em 08/02/2014
Código do texto: T4589066
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