A MORTE DO BOI FAMOSO

Me mandaram matar o boi

Aquele boi fabuloso

Aquele bicho jeitoso

O grande boi Famoso

Eu disse que não podia

Mas só tive negação

E não podia dizer que não ia

Fui empurrado pro abate do sertão

Eu disse mais...meu senhor

Argumentei ainda seu valor

Esse boi é de importância

Não mato por ganância

Mais não teve prosa

Argumentos e relutância

Lá fui eu, sem por a prova

Matei o infeliz, surgiu ignorância

Eu matei o boi precioso

Aquele boi amoroso

Aquele bicho manhoso

Aquele boi famoso

Me senti como lampião

Rei do cangaço e do sertão

Matando tanta gente

Por pura diversão

Mas meu caso é diferente

Aquele boi era inocente

não podia ser o precioso

O boi estrela, o boi Famoso

Fiz loucura aquela hora

Por estar sendo obrigado

Se errei, eu pago agora

Mereço ser castigado

Krika Neves

Krika Neves
Enviado por Krika Neves em 18/11/2013
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