DILEMA

DILEMA

Silva Filho

Pois vejam o meu dilema

Dentro da democracia

Sempre com disritmia

Pela grandeza do tema;

Falam muito em esquema

(Que dizem – composição)

Pra ganhar a eleição

Superando os enleios

Justificam-se os meios

Pelos FINS da ambição.

Vou cumprindo meu dever

Sem abrir mão da suspeita

Vem esquerda, vem direita

Vem um ‘neo’ pra concorrer;

Quantos - eu nem sei dizer

Comunistas(?), Progressistas(?)

Sanguessugas, Mensalistas

É a guerra da ganância

Por favor – uma ambulância

Pra levar os congressistas.

Partidos temos de sobra

Mas sem ideologia

Há migração todo dia

Por conta duma manobra;

Se o rendimento dobra

Logo vem algum acordo

Numa espécie de transbordo

Pra misturar a farinha

No saco que já continha

Até lama no rebordo.

O “pluri” que se apregoa

Pelo número de Partidos

São siglas, são apelidos

Que se resumem em loa;

Um conchavo que destoa

Da real DEMOCRACIA

Quem é pequeno se alia

Cobrando bom aluguel

E o nosso povo donzel

Da trama nem desconfia.

Pingue-pongue é notório

Concentrando a disputa

Nos Partidos da batuta

Num pleito bem ilusório;

Por um processo simplório

Que a todos envergonha

E os outros numa bronha

Que só o mal ejacula

Pois tudo isso macula

Um país que inda sonha.

Logo vem a eleição

Com todo aquele cortejo

Gente grande, com molejo

Que se chama persuasão;

COMBATER CORRUPÇÃO

“Um Projeto Convincente”

De quem tem fala fluente

Pra convencer o incauto

Mas quando vem o assalto

Não é mero incidente.