ESTE MUNDO ESTÁ VIRADO.

Veja só que mundo louco,

Pois está mesmo virado,

Com tanta coisa esquisita,

Que me deixa espantado,

Segurem-se pra não cair,

Com o que vão ler aqui,

Nesse cordel bem bolado.

O trabalhador coitado,

Lasca-se de trabalhar,

Querendo juntar dinheiro,

Pra sua vida melhorar,

Leva o tempo espremido,

Alimentando bandidos,

Que estão a lhes roubar.

Assim o pobre se ferra,

Em tudo que vai fazer,

Com afinco no trabalho,

Pena mesmo sem querer,

Fica de marcas no rosto,

De tanto pagar impostos,

Pros mercenários comer.

Parece mesmo doença,

Tá todo mundo pirando,

O bando de paranoicos,

Vai cada dia aumentando,

Com tantas barbaridades,

Pra ser feliz de verdade,

Só da terra se mudando.

Tanto aumenta a inflação,

E o preço dos alimentos,

Até o paizinho francês,

Faz quebrar o orçamento,

Com isso o descamisado,

Que vive de agregado,

Passa o maior tormento.

Esse mundo está perdido,

Já diz um antigo ditado,

Amigo torna-se inimigo,

Sem ligar pro resultado,

Quem vive nesse planeta,

Enxerga a vó pela greta,

Tá todo mundo lascado.

O homem inventa tudo,

Com novas tecnologias,

Mas a vida não melhora,

Fica na mesma agonia,

Com tantas facilidades,

O que é modernidade,

Fazem as vidas vazias.

Está ruindo os pilares,

Da estrutura familiar,

Por isso a sociedade,

Vive a se desmantelar,

Onde estão as receitas,

De sociedade perfeita,

No turbilhão que está.

Alguém um já dia falou,

Desse mundo mal fadado,

De homens ignorantes,

Os demônios disfarçados,

Em um planeta doente,

Que parece infelizmente,

Recanto dos estressados.

Nesse transito violento,

Que mata a cada segundo,

Pior de que uma guerra,

Consome tantos no mundo,

Somos todos imperfeitos,

Ninguém respeita o direito,

Isso é um poço bem fundo.

A onda agora é outra,

Dizem gangues a atacar,

O crime canta de galo,

Põe a lei pra descansar,

Assim as autoridades,

Até sabendo a verdade,

Deixa a coisa desandar.

A vida já não tem valor,

Perdeu-se o senso de fato,

O homem mata brincando,

São gatos caçando ratos,

Por isso qualquer pivete,

Apossa-se de um canivete,

Leva dinheiro e trocado.

Virou um angu de caroço,

Essa tal de democracia,

Uns pagando de honestos,

Mas roubando a reveria,

Mudou-se a regra do jogo,

Pinto não pega mais gôgo,

Trabalho é só maresia.

Os aumentos de salários,

Não acompanham inflação,

Dependendo do emprego,

Chora empregado e patrão,

Jabá com arroz é banquete,

E água com açúcar é leite,

No desjejum meu irmão.

Não dá mais pra suportar,

Essa enorme poluição

Solos e águas poluídas,

Fedentinas e podridão,

A vela queimou o pavio,

Dos igarapés aos rios,

Virando aterros e lixão.

A droga impera solta,

Consumindo a juventude,

E o crime se organizando,

Pra que a coisa não mude,

Do grande centro a favelas,

Em avenidas ou vielas,

O vicio a muita gente ilude.

As traições e a mentira,

Viraram as bolas da vez,

As pessoas escravizadas,

Todos os trinta dias do mês,

A morte vai tocar clarim,

Vem à miséria e diz assim,

Você é meu melhor freguês.

Cosme B Araújo.

08/11/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 08/11/2013
Código do texto: T4561971
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