Galope à beira-mar.

Estrofe de 10 versos hendecassílabos (que tem 11 sílabas), com o mesmo esquema rímico da décima clássica, e que finda com o verso "cantando galope na beira do mar" ou variações dele. Termina, sempre, com a palavra "mar".

Às vezes, porém, o primeiro, o segundo, o quinto e o sexto versos da estrofe são heptassílabos, e o refrão é "meu galope à beira-mar". É considerado o mais difícil gênero da cantoria nordestina, obrigatoriamente tônicas as segunda, quinta, oitava e décima primeira sílabas.

Sobrinho:

Provo que eu sou navegador romântico

Deixando o sertão para ir ao mirífico

Mar que tanto adoro e que é o Pacífico

Entrando depois pelas águas do Atlântico

E nesse passeio de rumo oceânico

Eu quero nos mares viver e sonhar

Bonitas sereias desejo pescar

Trazê-las na mão pra Raimundo Rolim

Pra mim e pra ele, pra ele e pra mim

Cantando galope na beira do mar.

Limeira:

Eu sou Zé Limeira, caboclo do mato

Capando carneiro no cerco do bode

Não gosto de feme que vai no pagode

O gato fareja no rastro do rato

Carcaça de besta, suvaco de pato

Jumento, raposa, cancão e preá

Sertão, Pernambuco, Sergipe e Pará

Pará, Pernambuco, Sergipe e Sertão

Dom Pedro Segundo de sela e gibão

Cantando galope na beira do mar.

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Aguia das Letras
Enviado por Aguia das Letras em 29/10/2013
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