Embate entre a privada e o bidê
Diz a privada pro bidê,
que inveja tenho de você
nádegas louçãs a deslizar
e você, além de admirar
a esguichar sempre pronto
de fadas não é um conto?
Pois veja como a vida é
seu lugar me é mais de fé
minha cara privada
se comigo bunda é lavada
é parte da profissão
esguicho sim, mas olho não
Mas como é que não olha
se a todas elas molha
tou certa de que as penetra
ainda que de forma discreta
e além da boa lavagem
quem sabe dá sacanagem?
Vire pra lá essa boca
comadre, cê ficou louca?
é bem limpo o meu serviço
e nunca jamais passo disso
Mas voltemos a você
estou certo de que mais vê
Vejo o que não concebo
e cê sabe o que recebo
sou a salvação de toda hora
conheço até muito u que chora
mas a descarga é minha sorte
sem ela, me leva o odor à morte
Eu concordo com você nesse ponto
seu vizinho já fiquei tonto
mas mesmo quem chega de costa
ainda assim de você bem gosta
e como não ser querida
aliviando tanta vida?
Mas quem acerta na bigorna
é você, compadre, com sua água morna
e comigo, vamos, deixe de treta
vai me dizer que não gosta de uma peluda
um negócio tão aveludado
seu esguicho não é melhor jorrado?
Disso me queixar não posso
mas se o esguicho não engrosso
chego a ser maltradado
às vezes até ignorado
e com a infâmia me pagam
quando em mim, por desdém, cagam