CHUVA NO SERTÃO
Deus atende minha prece
Mande o liquido precioso,
Que o sertão tanto carece
Desse tesouro valioso.
A vegetação padece
Sob um sol impiedoso
Que muito entristece
O rosto desse sertanejo receoso.
O cinza prevalece
Num cenário lamentoso,
Mesmo assim esse sertanejo não esquece
De joelhos, reza pra um Deus piedoso.
Desgrama de tempo,
A água é escassa
Tem que buscar num lombo dum jumento
Se embrenhando nas coivaras e carcaças
Senhor, esculte meus clamores
Nem esculto o Golinha, Gatorama, Azulão...
Cadê esses cantores?
Seca malvada, seca sem coração.
O gado batalha pra viver
Come o que restou
E em cima os urubus a ver
O esquelético rebanho que sobrou.
Xique-Xique, coroa de frade
Coloco tudo pra queimar
Pra tirar os espinhos compadre
Pro rebanho se alimentar.
Barreiros e açude secou
Rolinha e arribaçã voou
Ate o mandacaru murchou,
Mas rezando eu estou.
No alpendre estou assentado
Olhando o horizonte e me lembro
O quanto eu tinha curvado
E que também que esta chegando Dezembro.
A esperança renovou,
Dezembro chegou,
Vejo os marimbondos e a rezina que brotou,
O mandacaru florou!!
Já sinto o cheiro de terra molhada
Acho que ta chovendo
Pra lá daquela serra talhada
Meu Deus, que alegria estou tendo!
Já escuto o trovão
Anunciando as chuvas no meu sertão
Que alegria no coração
Caia chuva, molhe este chão!!
Gotas fazem melodia
Caindo no telhado
Na mais bela harmonia
Escuto tudo calado.
Vida renovada
Vejo o verde imperar
Os pássaros a cantar
E os açudes a sangrar.
Eu só tenho a agradecer
A um Deus que não deixa de atender
A um filho que esta a crer
Eu sei, momentos de alegria vou viver.
Deus atende minha prece
Mande o liquido precioso,
Que o sertão tanto carece
Desse tesouro valioso.
A vegetação padece
Sob um sol impiedoso
Que muito entristece
O rosto desse sertanejo receoso.
O cinza prevalece
Num cenário lamentoso,
Mesmo assim esse sertanejo não esquece
De joelhos, reza pra um Deus piedoso.
Desgrama de tempo,
A água é escassa
Tem que buscar num lombo dum jumento
Se embrenhando nas coivaras e carcaças
Senhor, esculte meus clamores
Nem esculto o Golinha, Gatorama, Azulão...
Cadê esses cantores?
Seca malvada, seca sem coração.
O gado batalha pra viver
Come o que restou
E em cima os urubus a ver
O esquelético rebanho que sobrou.
Xique-Xique, coroa de frade
Coloco tudo pra queimar
Pra tirar os espinhos compadre
Pro rebanho se alimentar.
Barreiros e açude secou
Rolinha e arribaçã voou
Ate o mandacaru murchou,
Mas rezando eu estou.
No alpendre estou assentado
Olhando o horizonte e me lembro
O quanto eu tinha curvado
E que também que esta chegando Dezembro.
A esperança renovou,
Dezembro chegou,
Vejo os marimbondos e a rezina que brotou,
O mandacaru florou!!
Já sinto o cheiro de terra molhada
Acho que ta chovendo
Pra lá daquela serra talhada
Meu Deus, que alegria estou tendo!
Já escuto o trovão
Anunciando as chuvas no meu sertão
Que alegria no coração
Caia chuva, molhe este chão!!
Gotas fazem melodia
Caindo no telhado
Na mais bela harmonia
Escuto tudo calado.
Vida renovada
Vejo o verde imperar
Os pássaros a cantar
E os açudes a sangrar.
Eu só tenho a agradecer
A um Deus que não deixa de atender
A um filho que esta a crer
Eu sei, momentos de alegria vou viver.