POLITICANALHAGEM
Ao se deixar corromper
O político sem moral
Passa simplesmente a ser
Vergonha nacional
Vive a fingir ter vertigem
Mas, segundo o que dizem,
tem diarreia cerebral.
Besta, rico, indecente,
Tem desculpa para tudo,
Pensa que engana a gente,
Finge-se de mouco e mudo,
Faz tudo o que lhe convém
E quando a desgraça vem
Nova mira tem, contudo.
Carente de inteligência
Esnoba que tem nobreza
Sem um pingo de consciência
Acredita na esperteza
Segue na vida roubando
E vai contabilizando
Muita grana e safadeza.
Mas sei que num certo dia
Vai chegar o julgamento
De toda patifaria
feita com descaramento
encerrando essa mesmice
esse ciclo de burrice
que nada deve ao jumento.
Nem seria pretensão
Escolher o animal
Para por na direção
De um partido nacional
Pois agiria somente
Pensando bem mais na gente
Do que o rei do capital
Por isso é que eu peço o voto
Para todo e qualquer bicho
Pois no político noto
Quase todo com rabicho
Preso a própria roubalheira
Sinal que já fez carreira
Na mentira, por capricho.