Robin Udi pra uns, bandido pra outros!/intragino cum a cumade Milla
Airam Ribeiro
Robin Ude do nordeste
Ele foi pra muita gente
Matô uns cabra da peste
E robô darguns cliente
O bando de Lampião
Feiz istragos no sertão
Pur cê bastante valente.
Nas capoeira da caatinga
A volante ele dribrava
Mata a dentro ou restinga
Logo o bando invultava
Nas brigas do matagal
Quem mandava era o punhal
Que na mão dele empunhava.
O bando de Lampião
Naqueles tempo pra tráiz
Atazanô o sertão
Das caatinga aos gerais
Matava e roubava dos nobres
Pra matá a fome do pobre
Ele e seus capátaiz.
Maria Bunita cunheceu
A vida do cangaceiro
Logo fez de Lampião
O seu mió cumpanhêro
Juro num mais li largá
Inté a morte lis buscá
Naquele rincão catingueiro.
Naquele dia a volante
Já sabia do paradeiro
Mataram então sua amante
Como tamém o cumpanhêro
Suas cabeça decepáro
E pra o comando leváro
O xefe dos cangacêro.
As duas cruiz inficada
Indica onde qui tá
Das duas cabeça interrada
Juntinhas nun só lugá
Inté hoje os povo comenta
Daquelas lutas sangrenta
Qui deu muito o qui falá.
Milla Pereira
Robim Udi do sertão
mais bandido pros polissa
Foi o maió valentão
de qui se teve nutissa.
Num tinha medo di nada
enfrentava us camarada
só pra vê suas carniça.
Seu nome era Lampião
o grande herói nas noviça.
Muntado em seu alazão
ele num tinha priguissa.
armado co'as espingarda
qui fazia a retaguarda
ele entrava inté nas missa.
Tinha mole u coração
por sua dona catita
Sintia grande paxão
por s'a Maria Bunita.
Cuãno ia infrentá
us coroné do lugá
ela ficava aflita!...