Cum a fé, nóis xega onde nóis qué!
Airam Ribeiro
Cumade tôtão cuntente
Pela sua boa miórança,
Creano nun Deus Onipotente
Nunca qui se perde a isperança.
Já eu minha cumade
Fôia crua cumeno eu tô
É devido as minha idade
Qui o colesteró omentô.
Cuntinua cum sua fé
Qui ocê tem ni Jesus
Pois Ele eu sei qui é
U’a grande fonte de Luiz.
Na sigunda fase vai percizá
De muitia fé e tulerança
Mais bota sua mente lá pru ar
Qui Deus te dá a cunfiança.
Seus cabelo já ta nasceno
Cum isso fico contente
Se oiá no ispêio nóis vai veno
Qui tudotá na fé da gente.
[...]
Cumade, apuzentei!
Tô vortano a quarqué óra
Cum meus butão já pensei
De da Bahia ir minbóra.
Em novembro se Deus quizé
Inté falei pra minha muié
Qui vô vizitá a sióra.
Vô morá in Sobradinho
Eu e a muié aqui só tá
Nois tão se sintino sozinho
Intão é o jeitio nois vortá
Se Deus min dé este agrado
Vô vortá pro meu serrado
Adonde eu divia tê ficado.
Nun tô aqui lastimano
Das coisa qui Deus pranejô
Pois quando aqui fui xegano
Aqui incrontei um amô
Mais é qui os fio foi se imbóra
Intonce axo qui já é óra
De nun cê mais um dizertô.
A vosmicêis eu agardeço
Pelas mensage qui colocô
Eu nun sei nem se mereço
De vancêis estes zamô
Mas gardeço de coração
A Jacó Filhos e outros irmão
Qui neste espaço comentô.