Lamento distante do filho do retirante

Quando vejo a terra seca

Do Nordeste dos meus pais

Sinto uma dor danada

Uma dor que dói demais

Vejo o chão todo rachado,

O povo triste e humilhado,

E quem bem pode fazer, não faz.

Deus do céu há quanto tempo

Se repete essa história

Tanto tempo de tristeza

Que não me sai da memória.

Asa branca já voou,

Até o carcará cansou,

O bóia-fria, não tem bóia.

Quando eu era criança

Eu ouvia o cantador

Cantando promessas boas

Que ia findar a dor.

Que o sertão virava mar

Que a seca ia acabar,

E até hoje não acabou.

Eu aqui, no sudeste

Estou torcendo por vocês

Oro, pedindo que a seca

Se acabe de uma vez.

Peço ao meu bom Deus querido

Que atenda esse pedido

E mande chuva, todo mês.

Alex Ludugero - 2013

Alex Ludugero
Enviado por Alex Ludugero em 05/09/2013
Código do texto: T4467642
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