Curupira vermelhinho
Prelúdio
O sábio teme de antemão:
Noite sem lua
Vazante de rio
E a fúria de um homem gentil
Curupira vermelhinho
Nas beiradas do Sapucaí
La pros lados de Minas Gerais
Numa noite de forte neblina
Enterraram cruel capataz
A quem diga no bom vilarejo
Que Zé Monge era velho turrão
Nas andança da dobra do morro
Degolava com foice e facão
Nas caçada findava com tudo
Paca, cotia e gibão
Seu prazer era sangue de roda
Gotejando caminho no chão
Seus olhinho brilhava no escuro
Lumiava na escuridão
Prazeroso se lacrimejava
E babava insopando o brusão
Na vilinha as pessoas rogava:
Zé Monge se larga de mão
As licença da mãe natureza
É a lei de suprema união
Na vilinha as pessoas rogava
Zé Monge se larga de mão
As licença da mãe natureza
Só se mata se com precisão
E Zé Monge de nada iscuitava
Dava o ombro em desaprovação
E grunhia, latia e falava
Que os bicho era bicho pagão
Mas a sorte estava lançada
E Zé Monge se foi a caçar
La no longe a arpa tocava
Ladiano o fim a chegar
Zé Monge a mata sabia
Conhecia de parmo o capão
Numa curva desapercebido
Se assusto em forte tensão
Aprumado em frente estava
Um vermelho de cuca a queimá
Zé Monge num admitia
Se mijava e babava a suá
E a mata de todo calou
O silêncio de pronto chegou
Nos minuto que forte seguiro
O menino de pronto falô
Zé Monge seu velho cagão
Não me venha de má intensão
Desta noite não passa rapaz
É o fim das mardade em questão
E Zé Monge se todo tremia
Não dizia de tanto pavor
Se queria desculpa pedir
No gaguejo quebrava o valor
E caiu de ajoelhado
E as mão enlaçada a roga
E pedia com força divina
O menino lhe adisculpa
E de nada se adiantou
O lamento com força e fervor
E de febre morreu o mardoso
Se murchano de todo secou
A quem diga que lá pelas banda
Bem na frente de grande clarera
Se espicha de cerne durinho
O menino vermelho foguinho
E essa meus amigos
É a história do bom contador
De um lado o bom vermelhinho
De outro cruel caçador