DUELO ENTRE O CÉU E O INFERNO

Vai dar inicio o cordel

Onde o poeta foi inspirado

Na saída do papa

Que deixou o seu legado.

O poeta imaginou

Esse fato com cuidado

No ano de 2013

Bento XVI renunciou

Deixando a igreja vulnerável

Quando ao mundo informou

O diabo logo

O seu plano articulou

A terra estava desarmada

O mundo estava em euforia

O papa quando renunciou

Foi grande a correria

Pra escolher o novo papa

E retomar a harmonia

Enquanto o Vaticano

Tentava arrumar um substituto

O diabo mais uma vez

Mostrou ser muito astuto

E armou e grande plano

Para dominar o mundo

Uma dúzia de capeta

Foi enviada a terra

O que o diabo não sabia

É que aqui na terra

Já havia um homem

Pronto pra essa guerra

Esse homem respondia

Pelo nome de João

João era encrenqueiro

E também um valentão

Não levava desaforo

Não sabia a razão

Certa vez em um sonho

João foi visitado

E um anjo do senhor

Deixou-o informado

Que para uma grande missão

Ele foi designado

No sonho o anjo disse:

_João tome cuidado

Tu tens uma dúzia de capetas

Ao qual tem que dar cabo

E você tem o poder

Para derrotar o diabo

Quando João acordou

Ele nem imaginava

Que a sua missão

Não se demorava

Bento anunciou a renuncia

Sua missão começava

O diabo ficou sabendo

Quem era o escolhido

Mandou o primeiro capeta

Dar cabo do indivíduo

Foi mandado Capiroto

Pra João ser banido

Logo Capiroto

Com João se encontrou

E com um tom infernal

Com ele logo falou:

_prepare-se para morrer

Foi Lúcifer quem me mandou

João então disse:

_caba, fedorento

Tu não me intimidas

Vai começar teu tormento

Ter saído do inferno

Será o seu lamento

João partiu com tudo

Pra dar cabo do Capiroto

O diabo foi covarde

Mandou também Canhoto

Que atacou João por trás

Mas, João foi malicioso.

Esquivou-se do golpe

Com grande agilidade

E com apenas um soco

Canhoto caiu na fragilidade

Caiu bufando enxofre

Essa é a verdade

Capiroto vendo aquilo

Atacou com mais cautela

Mas o soco de João

Qualquer bicho desmantela.

Capiroto tenta acerta João

E novamente erra.

Se vendo em desvantagem

Capiroto se armou

Puxou uma navalha

E com João ele falou:

_tu agora vai morrer

E novamente ele errou

Partiu o Capiroto

Pra dar cabo de João

Que lhe deu uma rasteira

Capiroto rolou pelo chão

E sua própria navalha

Deu fim ao bicho do cão

Lúcifer não perdeu tempo

Mandou o capeta Danado

Os dois primeiro

Nem deixou João cansado

E podia vir o próximo

Que Le dava cabo

Danado é um capeta ruim

Do tipo sem compaixão

Um dos mais perversos

Que presta serviço ao cão

E nesse momento estava

Frente a frente com João

Danado puxou sua arma

E deu logo a atirar

E João como raio

Só fazia se esquivar

As balas não o acertavam

E quando em sua direção desviavam

Acabaram as balas

Danado tentou recarregar

João chegou como uma flecha

E conseguiu Danado acertar

Ele caiu estatelado

Tentando se consertar

Danado levantou-se

Mostrando ser bom de briga

João logo disse

_venha filho de rapariga

Que hoje eu prometo

De abrir sua barriga

Danado era bom

Com, chute, soco e cabeçada.

João também era

Caba bom na parada

Então uma grande luta

Agora estava formada

Danado era forte

João estava abençoado

Danado tentava acertar

João desviava com cuidado

E a cada desvio de João

Danado era acertado

Logo João deu fim

Ao ser desalmado

E lá no inferno ele

Não é mais considerado

Vivi no sofrimento

Do fogo do condenado

Em quanto João lutava

Um novo papa era escolhido

E nem se passa na cabeça deles

A importância do ocorrido

A escolha não pode tardar

Ou o povo será corrompido

João partiu em direção

A bela cidade de Roma

Onde fica o Vaticano

Os outros capetas lá se somam

Cabrunco, Pastor-negro.

Pé- preto também se encontra

Um anjo então lhe falou

Bem baixinho no seu ouvido

Que Excomungado e Ferrabrás

Pé - de- bode e Encardido

Cramulhão e Tranca – rua

Estavam agindo escondido

João recebeu um dom

Para todos identificar

E no meio do povo

Pastor – negro estava lá

Iludindo as pessoas

Que estavam a esperar

Pastor – negro quando viu

João se aproximando

Percebeu que era ele

Que estava atrapalhando

Pastor – negro atacou primeiro

Mas, João estava esperando.

O povo ficou congelado

Mandado a outra dimensão

Pastor – negro tentou dar cabo

Do abençoado João

E uma nova batalha

Já estava em questão

Pastor – negro era covarde

Não sabia nem lutar

A sua especialidade

Na verdade era enganar

Ele usou sua técnica

Pra João tentar matar

Ele falava bonito

Na intenção de distrair

Enquanto se aproximava

João fingia te ouvir

E perto o suficiente

João pode lhe destruir

Um soco foi dado na fuça

Que se abriu ao meio

Um cheiro forte de enxofre

Ficou ali no seio

O povo voltou a si

Sem demonstrar receio

O capeta Cabrunco

Testemunhou o ocorrido

Com medo de João

Saiu correndo escondido

Chegando ao inferno

Por Lúcifer foi recebido

_bicho medroso da peste

Por que não o enfrentou?

Cabrunco tremendo respondeu:

_o senhor viu como ele matou

A cabeça de pastor – negro

Com um soco estraçalhou

Por isso vim correndo

Pra contar o que vi

Preciso de algo

Que eu possa o destruir

Pois a força daquele homem

Pode me sucumbir

Lúcifer então falou:

_bicho medroso da peste

Leve esse punhal

Mas veja se acerte

Basta apenas um arranhão

Pra Le ir ao pai celeste

Cabrunco saiu encarreirado

Pra dar cabo de João

Quando Cabrunco chegou

João lutava com Cramulhão

Cabrunco pode ver a cabeça dele

Estourar com um mata – leão

Ai foi que Cabrunco

Melou-se todo de medo

Com o punhal na mão

Chamou logo Pé – preto

E disse:_ tome esse punhal

Der cabo desse nego

Cabrunco desapareceu

Deixou Pé – preto sozinho

Pra enfrentar João

Que presenciou tudinho

E com um sorriso de canto

Fez uma oração bem baixinho

João puxou também um punhal

Que trazia na sua cintura

Pé – preto logo atacou

João respondeu a altura

Raios e trovoes se ouviam

Quando os punhais se misturam

Pé – preto manuseava

Bem o instrumento

E o valente João

Também tinha entendimento

E só saia um vencedor

Se um errasse um momento

João abriu a guarda

Pé – preto o derrubou

E voando como uma águia

Pé – preto quase o acertou

João foi rápido como um raio

E no chão ele rolou

O punhal pegou no chão

Uma cratera se abriu

João levantou-se rápido

E pra cima dele partiu

E com uma voadora

No buraco pé – preto caiu

Ainda se escuta o grito

Da queda, de pé – preto.

Só parou no inferno

É esse o conceito

A terra não volta mais

Não tem cão que der jeito

O capeta pé- de -bode

Que de pé-preto é aparentado

Ficou sabendo do ocorrido

Deixou seu trabalho de lado

E foi procurar João

Pra pé preto ser vingado

Não demorou muito tempo

Logo estavam frente a frente

Pé de bode com ódio

Rangia todos os dentes

Tudo de ruim que faria

Passava em sua mente

Pé –d e –bode foi com tudo

Pra acabar com João

Mostrava ser bom com a perna

Os chutes eram com trovão

João quando se defendia

Caia pelo chão

João não foi escolhido à toa

Ele tinha sua qualidade

E a arte da capoeira

Era de João especialidade

E nessa arte brasileira

Quem vence é a malandragem

Pé - de – bode acertou um chute

Bem na guarda de João

Que fingiu estar ferido

Esperou a aproximação

E perto o suficiente

Foi apunhalado no coração

Ferido pé- de- bode disse:

_isso é covardia

Você não luta limpo

É um covarde quem diria

Um cheiro de enxofre

Toda a Itália já sentia

João já havia destruído

Meia dúzia de capeta

Contando com Cabrunco

Que fugiu da caceta

Se um capeta quer pancada

João tem receita

João saiu à procura

Dos outros desgraçados

E viu numa rua

O capeta Excomungado

Tranca-rua também tava

Aprontando do seu lado

João logo surpreendeu

O capeta excomungado

E no meio das costas

Ele foi apunhalado

O seu grito foi ouvido

No continente do outro lado

Tranca rua pulou fora

Pra ficar bem protegido

João disse assim pra ele

Venha cá ser fedido

Que tu serás o próximo

Que da terra será banido

Tranca-rua uivava

Aquela rua virou confusão

Os homens se gradeavam

Não tinham mais compaixão

Tranca – rua usava seu poder

Para destruir João

Era filho matando pai

Todo mundo se matando

João nada podia fazer

Ficava só olhando

Tranca – rua aproveitou

E João foi acertando

Dessa vez parecia

Que era o fim de João

Tranca-rua acertou de jeito

Colocando ele no chão

Dessa vez parecia o fim

Do nosso herói em questão

João estava desacordado

Tranca rua estava uivando

Os homens daquela rua

Estavam todos agonizando

Tranca rua se distraiu

E João foi acordando

João levantou ferido

Tranca-rua foi terminar

O que havia começado

Mas nem podia imaginar

Que João estava preparado

Pra com ele acabar

Tranca- rua errou o golpe

João acertou bem na barriga

Saiu rasgando até o pescoço

Dizendo:_filho de rapariga

Nunca mais vai se gabar

Quando estiver numa briga

João deixou o tranca-rua

Com a barriga aberta

Coma as vísceras de fora

Aquilo nunca mais se conserta

Com o passar do tempo

Sua morte era certa

Bem próximo ao pontífice

Lá estava encardido

Vendo a fumaça escura

Deixava-o convencido

Que o novo papa

Não havia sido escolhido

Entrou em contato com Lúcifer

Pra passar a informação

Mas na sua frente apareceu

Como um raio João

Lúcifer ate hoje não sabe

O motivo da ligação

Quando João apareceu

Encardido ficou estatelado

Levou um soco por baixo

Que ficou desconjuntado

A sua cabeça subiu

E a espinha, foi grudado.

João agora tinha pela frente

O capeta Cramulhão

Esse era malvado

Perverso feito o cão

Talvez o pior desafio

Do nosso herói João

Quando os dois se toparam

Cramulhão foi logo dizendo:

_quer dizer que é você

Que Lúcifer vem querendo

Prepare-se para morrer

Escuta o que to dizendo.

_bicho feio não venha

Com essa conversa fiada

A terra nunca será

Pelo diabo, dominada.

Serás morto com meu punhal

Que esta bem afiada

Nesse momento Lúcifer

Encontrou Cabrunco escondido

Disse:_ cão medroso dos inferno

Tu vais logo subindo

Leve esse punhal a Cramulhão

Seu ser fedido

Leve também essa mensagem

E não abra no caminho

Entregue a Cramulhão

E sai logo ser mesquinho

Não perca mais tempo

Chegue lá rapidinho

Logo, logo Cabrunco.

Estava com Cramulhão

Que lhe entregou o punhal

E o bilhete em questão

Aquele bilhete trazia

A seguinte informação

Cramulhão der fim

A esse ser asqueroso

Acabe com Cabrunco

Esse capeta medroso

Confio também em você

Pra dar fim nesse moço

Terminado de ler

Cramulhão se transformou

Num ser desprezível

E Cabrunco devorou

João vendo aquilo

Também se assustou

Três metros de altura

Mostrava ser grotesca

Aquela criatura tinha

Uma forma pitoresca

João não podia perder

Não importa o que aconteça

A criatura ainda levava

Aquele punhal na mão

Dessa vez parecia

Ser o fim de João

Que rezou uma ave-maria

E foi de encontro ao cão

João empunhando seu punhal

Tentava acertar a fera

Com todo seu tamanho

Muito ágil ela era

João tentava de toda forma

Mas não acertava ela

A fera revidava

De forma agressiva

E João se defendia

Com suas técnicas de esquivas

E todos seus ataques

Eram de forma consecutiva

João não estava suportando

A luta com Cramulhão

Mas Le pode perceber

Que quando começava uma oração

O bicho recuava

Diminuindo sua ação

Logo João começou

A rezar o pai nosso

Cramulhão se retorcia

Formando em torno um fosso

Cramulhão ficou vulnerável

Mesmo com seu colosso

Dessa forma João

Pode então ataca-la

E em cada punhalada

Cramulhão largava uma fala

Que se escutava no universo

Numa alta escala

Em uma de suas apunhaladas

Cramulhão foi surpreendido

João acertou seu crânio

Cramulhão foi banido

E o ser do inferno

Finalmente foi vencido

Restava agora Ferrabrás

O capeta mais desgraçado

Capeta de confiança

Que Lúcifer deixou guardado

Pra qualquer eventualidade

Que ele fosse usado

Ferrabrás era o capeta

Que resolvia o problema

Nas maiores dificuldade

Ferrabrás estava em cena

A serviço de Lúcifer

Ele tinha seu dilema

O bicho era ruim

Perverso feito o cão

Nunca havia falhado

Em nenhuma outra missão

E lá esta ele

Frente a frente com João

Logo o bicho falou:

_então é você o escolhido

Todos que lhe desafiaram

Por você foi destruído

Então preparasse

Para ser vencido

João sentiu seu corpo

Forte como um trovão

E ficava cada vez mais forte

Quando iniciada uma oração

Ferrabrás mostrava confiança

Indo em sua direção

Ferrabrás deu o golpe

João ao longe foi arremessado

Logo o anjo Gabriel

A terra foi enviado

E aposso de João

Pra Ferrabras ser derrotado

João levantou-se

Ferrabrás pode então ver

Que ele não estava só

Logo ele pode perceber

Então ele disse:

_Gabriel veio ajudar você

Nem terminou de falar

Ferrabrás foi golpeado

Caindo pelo chão

Todo estatelado

Percebeu que aquela briga

Ele sabia o resultado

A essa altura

O papa Francisco foi nomeado

Ferrabrás pode ver

Os três ao seu aguardo

Com as orações mais forte

Ele seria derrotado

Logo uma fenda

No chão se abriu

E nela Ferrabrás

Por ela escapuliu

Como é típico dos capetas

Novamente fugiu

Gabriel, João e Francisco.

Viu fugindo Ferrabrás

Que nunca perdeu uma batalha

E se mostrava capaz

Na verdade ele era

O próprio satanás

Então fica a dica

Para derrotar o cão

Creia muito em Deus

Tenha fé na oração

E terão muita força

Pra sair da aflição

Lúcifer vem tentando

Universo conquistar

Cristo é a solução

E pode nos salvar

Não duvide do seu poder

A Deus agradeça, e vá orar.