Mundinho redondo
Meu ser interpreta a realidade
Vivo aqui experiência humana
Poesia é linguagem soberana
E rima redonda é a finalidade
Amigo, se eu nascesse de novo
Com todo o poder de escolher
Seria mais um no meio do povo
Mais que sou eu não queria ser
Assim me disse Luís Gonzaga
Numa cantiga, o Rei do Baião
Felicidade é mesmo uma saga
Está escrito na palma da mão
O mundo é assim, todo redondo
Só roda do jeito que eu mereço
E o lugar do fim, que estrondo!
Também pode ser o começo
Quem olha pra fora, então, sonha
Quem olha pra dentro desperta
Ao leitor eu digo sem cerimônia
A palavra é um dom que liberta
Não se mede o êxito da vida
Por aquilo que é conquistado
Há dificuldade a toda medida
Caminho precisa ser trilhado
Mundo não foi feito em alfabeto
Mas, que primeiro em água e luz
Alimentam a árvore por completo
A amizade em prosa eu compus
Tenho em mim os sonhos do mundo
E a vida é um caminho, uma viagem
Meu amor é um sentimento profundo
Pois a vida quer da gente é coragem
Nada muda se você não mudar
E o impossível faça acontecer
Tudo o que é seu encontrará
A maneira de chegar até você
Faça sua parte e se doe sem medo
O mundo gira que nem um moinho
Pra viver não conheço o segredo
Por isso canto que nem passarinho
Demonstrar amor é um privilégio
Um atributo de quem é corajoso
A coragem é um bem precioso
E minha vida o melhor colégio
Ô, criatura, mude seu pensamento
E então você o mundo terá mudado
Amor é verbo que não tem passado
Que conjugo com verbo sentimento
Meu mundo não é um quadrado
Tampouco faço dele minha ilha
Meu amor, veja que maravilha
Mundo é lindo, bonito e joiado
Peço licença a Luís Gonzaga, Ivy Baker Priest, Chico Xavier, Carl Gustav Jung, Abraham Lincoln, Manoel de Barros, Fernando Pessoa, Eugene Cernan, Guimarães Rosa, Leila Navarro, Mahatma Gandhi, Falcão (arquiteto, cantor e humorista), Norman Vincent Peale.