SAUDADE DO SERTÃO
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do balanço de uma rede
Do gado em apartação,
Do canto lindo e festeiro
Do pássaro corrupião.
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do café fresco e torrado
Bem pilado no pilão,
Das festas de farinhadas
Do barulho do enxadão.
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do arado e da enxada,
Do matreiro gavião,
Dos rios em enxurradas
E do aboio do peão.
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
De uma ordenha bem feita
E de um banho com sabão,
Das matutinhas faceiras,
Das fogueiras em são João
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do algodão bem alvinho
Desfiado com as mãos
Depois feito um pavio
Pra se pôr no lampião;
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão;
Vocês aqui da cidade
Me desculpe a rimação;
Mas estou pegando a reta
De volta pro meu sertão.
INTERÇÕES POÉTICAS
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do balanço de uma rede
Do gado em apartação,
Do canto lindo e festeiro
Do pássaro corrupião.
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do café fresco e torrado
Bem pilado no pilão,
Das festas de farinhadas
Do barulho do enxadão.
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do arado e da enxada,
Do matreiro gavião,
Dos rios em enxurradas
E do aboio do peão.
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
De uma ordenha bem feita
E de um banho com sabão,
Das matutinhas faceiras,
Das fogueiras em são João
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão,
Do algodão bem alvinho
Desfiado com as mãos
Depois feito um pavio
Pra se pôr no lampião;
Que saudade matadeira
Eu tenho do meu sertão;
Vocês aqui da cidade
Me desculpe a rimação;
Mas estou pegando a reta
De volta pro meu sertão.
INTERÇÕES POÉTICAS
Eu gostei do teu cordel
ele ficou um primor
tu és um menestrel
no cordel tu és doutor
que saudade matadeira
do sertão que Deus amou!
ele ficou um primor
tu és um menestrel
no cordel tu és doutor
que saudade matadeira
do sertão que Deus amou!
Saudade do Meu Sertão
Esta saudade guardada
Que trago dentro de mim
É fogo que nunca apaga
Pelo verdor do capim.
Quem dera o leite mugido
Pela manhã sossegada
Sem o ranger do apito
Nas horas da madrugada.
Quem dera a fruta pura
Sem o ardor do veneno
Queijo de sabor natura
Sem gelo e sabor pleno.
Mas acabou o discurso
/Campo virou cidade
Energia, e agrotóxico
De mãos dadas vaidade.
Até a lua fugiu do olhar
Não a vemos radiante
A luz ofusca o lugar
No poste todo elegante.
Esta saudade guardada
Que trago dentro de mim
É fogo que nunca apaga
Pelo verdor do capim.
Quem dera o leite mugido
Pela manhã sossegada
Sem o ranger do apito
Nas horas da madrugada.
Quem dera a fruta pura
Sem o ardor do veneno
Queijo de sabor natura
Sem gelo e sabor pleno.
Mas acabou o discurso
/Campo virou cidade
Energia, e agrotóxico
De mãos dadas vaidade.
Até a lua fugiu do olhar
Não a vemos radiante
A luz ofusca o lugar
No poste todo elegante.
Oh, saudade, desgraceira,
Que destroça o coração,
Saudade da minha amada
Que eu só pegava na mão
Que vontade de revê-la!
.Vou voltar pro meu sertão.
Que destroça o coração,
Saudade da minha amada
Que eu só pegava na mão
Que vontade de revê-la!
.Vou voltar pro meu sertão.
Que saudade matadeira
Você aqui vai deixar.
Quando para o sertão voltar.
Mas, por favor deixe o endereço
Que, eu me viro do avesso,
Mas vou lá te visitar.
Você aqui vai deixar.
Quando para o sertão voltar.
Mas, por favor deixe o endereço
Que, eu me viro do avesso,
Mas vou lá te visitar.
no final desta leitura
uma história verdadeira,
enche o peito de ternura
é a saga brasileira
com esforço e aventura.
A saudade matadeira
ferirá meu coração
se outra história campeira
não contar o meu irmão.
E a leitora interesseira
quer saber mais do sertão.