Defendendo o além/ interagindo cum a cumade Hull

Airam Ribeiro

Caro Laurentino

Veja se eu entendi

Tu queres defender a terra

Pra não ter que partir;

Se da terra você gosta

Então lhe faço a proposta

Pode defender daí!

Que eu cá de cima

Vou defender o além

Pois daqui eu vejo todos

E não escapa ninguém;

Você daí não ver nada

Com a vista enfumaçada

Não enxerga muito bem.

Sua terra já prestou

Hoje ta no abandono

É uma terra de ninguém

É igual casa sem dono;

Que não sabe fazer trato

Para não prender os ratos

Que quer lhes tirar o sono.

Vi Deus fazer cá de cima

Para a terra dar de presente

Muitos rios e a Amazônia

E eu vi Deus todo contente;

Mandando a fauna e flora

Uma verdadeira penhora

Carregada de sementes.

Mas veja o que fizeram

Com tudo aí embaixo

A mata Atlântica acabou

Vocês são uns esculachos!

Veja a camada de ozônio

Eu quero é que o demônio

Coloquem vocês no taxo!

Olha só a Amazônia

O pulmão da humanidade,

Eu vi Deus fazendo a mata

Com tanta felicidade

Deu aos filhos de presente!

Pensam que Deus não sente

Com toda essa maldade?

Ele fez a água e colocou

Para a sua serventia

Para que vingasse a semente

Na sua sabedoria

Deu-lhes o peixe pra alimentar

Ensinou o homem a pescar

Pra seu alimento do dia.

Deu o sol para vocês

Para a terra esquentar

Nos dias frios de invernos

Quando a estação chegar;

Como o calor é muito forte

Deu também o suporte

Dando-lhes o filtro solar.

E a camada de ozônio

Foi o nome que deu

Mas veja o que fizeram

Como Deus entristeceu!

Com os gases poluentes

Veja só o acidente

No filtro solar mexeu.

Tudo que Deus faz pra terra

O homem faz o desmantelo

Não tendo mais o filtro

O calor do sol derrete o gelo

O homem metido a macho

Eu o vejo aí embaixo

Sem poder ir defendê-lo.

Eu vi quando fez a terra

Com sua fertilidade

Fez os animais fez o homem

Dando-lhe a capacidade

Vi fazer a mulher

Para quando ele quiser

Aumentar a humanidade.

Deu-lhes sabedoria

Deu-lhes também o ar

Deu-lhes a inteligência

Para poder inventar;

Mas em nome da maldade

Ele achou a perversidade

Fazendo a bomba nuclear.

E desse dia para cá

Deus lhes deu a consciência

Pra registrar os seus erros

Pela desobediência;

Não dou perdão nem o castigo

Você levará consigo

Pra medir a sua tendência.

Hull de La Fuente

Meu cumpadi que beleza

sua manifestação

defendendo a natureza

do homem e sua maldição

Ele com dentes trincado

vê o mundo acabado

e não se emociona não.

Tudo o que você falou

Deus fez com muito carinho

mas o malvado chegou

foi destruindo o ninho.

Nem homem, nem animal

escapa do grande mal

não vai sobrar pedacinho.

Que Deus de nós se apiade

diante da indiferença

e de toda esta maldade

de ganância e descrença.

Cumpadi, só o bom Jesus

pode enviar a Luz

e da terra ter clemência.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 22/08/2013
Reeditado em 14/09/2013
Código do texto: T4446366
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