O Bode e a quenga
O bode era osso duro de roer
Vivia muito sozinho
Precisava de uma mulher
Que lhe fizesse carinho
O pai do bode arranjou uma mulher
Que parecia uma santa
Logo começaram a namorar
E a alegria foi tanta
O bode se apaixonou tanto
Que pela mulher tudo fazia
Fez papel de santo
Comprava tudo que ela pedia
Mas a santa tinha outro lado
E fazia de tudo para esconder
O bode vivia sendo enganado
E não conseguia perceber
De dia
A santa era beata
De noite
A santa era Kenga
O bode ia pra roça
Para trabalhar
Com o Zé da Carroça
A santa ia brincar
Com o bode ia se deitar
Levantava de mansinho
Ia ao bar do Juninho
Para com ele se enroscar
De manhãzinha
Acordava ao lado do Bode
O bode ia estudar
E a santa mais uma vez vadiar
Mais um dia o Bode acordou
Botou a santa pra correr
Ela nunca mais voltou
E o bode começou a viver