SITIO DO PICA PAU
Tia Nastácia
Mulher de extrema bondade
Negra, de beiços grandes,
Que faz quitutes de qualidade
Cozinheira de mão cheia
Nisso tem especialidade.
Famosa pelos deliciosos bolinhos
Principalmente o de fubá
E lá vem ela com ele
Para a gente saborear
Foi feito há poucos minutos
Ainda tem o cheirinho no ar.
Tia Nastácia tornou-se ícone
Da sabedoria popular.
E no sítio todo dia
Tem inhame e macaxeira
E o gostoso quibebe
Com o fruto da bananeira
Tem ate escaldado de leite
Com bolinho de frigideira.
Um homem da roça
É o querido Tio Barnabé
Nas propriedades de Dona Benta
Sempre vai tomar um café
Ele mora mesmo no sítio
Mostrando ele quem é.
Reside nas terras da boa senhora
Ajudando em tarefas diversas
Vive fumando cachimbo
E sabe tudo sobre as florestas
Traz uma gostosa brevidade
Pois no sítio hoje tem festa.
E ainda tem beiju de forno
De massa e de tapioca
Peta, cuspido e João duro
Tudo vindo da mandioca
E Com milho fez uma fufuca
Mungunzá,curau e pipoca.
Feito de sabugo de milho
Boneco de muita sabedoria
É o Visconde de sabugosa
Ler livros com muita alegria
Um grande sábio
Cheio de simpatia.
Seu livro e sua cartola
Traz com ele todo dia
Está trazendo uma malamba
Se pudesse ele comia
Mas o que ele gosta mesmo
É de cortado de caxia.
Ainda gosta de farofas
De carne ou de toicim
Um copo de café
Com um pedaço de aipim
E pra poder acompanhar
Uma paçoca de gergilim.
Lá vem a Narizinho
A menina do nariz arrebitado
Neta de Dona Benta
Que gosta de tudo organizado
Ela tem um primo Pedrinho
E o moleque é um danado.
Ela tem oito anos
E gosta de jabuticabas
Com seu primo faz brincadeiras
E travessuras planejadas
Hoje ela traz consigo
Um prato cheio de cocadas.
Ela adora pipoca
E bolinhos de polvilho fazer
Um leite de gado com café
Bebido logo ao amanhecer
Uma coalhada bem feitinha
Ô, alegria de viver.
Dona Benta
É uma mulher idosa
E gosta muito de visita
Inclusive de sabugosa
Seus netos Narizinho e Pedrinho
Dão-lhe uma vida amorosa.
Chamada apenas de Dona Benta
É a dona do sitio do pica pau
E da culinária
Hoje ela traz um mingau
Ela conhece muito a geografia
Do seu país natural.
No seu sítio faz comidas
Folhas de abóbora e cariru
Faz bredo e maniçoba
Até bolinhos de andu
E a folha de beldroega
É gostosa pra chuchu.
Conhecida como a velha feia
Em forma de jacaré
Rouba criança desobediente
Uma bruxa velha , isto é
É a cuca fazendo porção
Misturado com chulé.
Ela rouba lá no sítio
Cortado de maracujá e mamão
Mas hoje ela está trazendo
Uma farofa de feijão
Cuidado, pois nos teus olhos
Ela te espreme limão.
Ela rouba Lasanha, estrogonofe
E Um prato de buchada
ainda para satisfazer
Pega uma macarronada
Para adoçar a boca
Creme de leite com goiabada.
A figura do saci
Como um moleque brincalhão
Ele tem um gorrinho vermelho
E ele é preto como tição
Tem uma perna só
E roda como furacão.
Ele traz um prato de canjica
Uma comida bem gostosa
Dos tempos de antes e de hoje
Por ser tão saborosa
Ela resistiu ao tempo
E com leite é deliciosa.
O saci perdeu a perna
Lutando capoeira
Ele é um ser folclórico
Da cultura brasileira
Com o seu pito de fumo
Faz bastante fumaceira.
Neto querido de Dona Benta
E primo querido da Narizinho
Menino de dez anos
Estou falando do Pedrinho
Passa as férias no sítio da vovó
Para comer os seus bolinhos
Gosta de bolinho de frigideira
Mas hoje ele traz um beiju
No almoço come arroz branquinho
Com bastante cariru.
E para sobremesa
Um chazinho de umbu.
No sítio é festa todo dia
Tem até bolo recheado
Pirulito e muita bala
Com brigadeiro do lado
Gelatinas e picolé
E sorvete bem gelado.
O desfile dos personagens
Vamos agora finalizar
Agradecemos a compreensão
E a IRAQUARA parabenizar
E um grande abraço a todos
Da equipe da EMAR
Fizemos essa apresentação
Com um imenso prazer
O esporte e a culinária
Fazem parte do seu viver
Queremos dizer a Iraquara
Um parabéns pra você!