Imagem do Google / kdfrases.com
O BINÔMIO
Educação e saúde
são itens prioritários;
binômio que todos querem,
mas mandachuvas transferem
para engordar seus salários.
Em cada eleição que vem,
lá se vem mais ladainha.
Pintam fantásticas metas
e nunca as obras concretas;
do saco a mesma farinha.
Só que, se a farra não muda,
do povão salta a resposta,
e mais, com espalhafatos
e remédio para os ratos...
É nisto que o povo aposta.
Moradia, segurança?
Querem isto, muito espero.
Mas como ter moraria,
onde o Fisco se extravia,
onde a segurança é zero?
Você embarca nas ruas,
não sabe se ainda volta.
E, se volta sem as calças,
as leis lhe dão notas falsas
– aí descamba em revolta.
E vão-se impostos na pia,
dinheirama pelo ralo,
politicalha na boa,
tudo o mais rolando à toa,
ladrões a cantar de galo.
Vou mudar pra Cochinchina,
que talvez não me amargure.
O povo, lá, mais que vive;
ninguém derrapa em declive,
de graça até manicure.
Mas, enfim, pensando bem,
nosso chão é bom país,
e não vou pôr pé no bredo.
É certo que, sob o medo,
torrão nenhum é feliz.
Pés a gente põe na praça:
vai-se às ruas, faz protestos,
grita coisas muito cruas,
pois que vem das nossas ruas
o mais popular dos gestos.
Educação e saúde,
Itens, pois, prioritários;
mas o transporte, também,
num ir e vir muito além,
tudo dentro dos horários.
Venham transportes de massa,
menos carros, essas latas,
e freio na classe média,
dos gregos grande tragédia,
sempre a subir com mamatas.
Ao bom binômio de volta,
sem mais deitar falação,
outras metas boas tantas
nunca serão sacrossantas
quão saúde e educação.
Fort., 25/07/2013.
O BINÔMIO
Educação e saúde
são itens prioritários;
binômio que todos querem,
mas mandachuvas transferem
para engordar seus salários.
Em cada eleição que vem,
lá se vem mais ladainha.
Pintam fantásticas metas
e nunca as obras concretas;
do saco a mesma farinha.
Só que, se a farra não muda,
do povão salta a resposta,
e mais, com espalhafatos
e remédio para os ratos...
É nisto que o povo aposta.
Moradia, segurança?
Querem isto, muito espero.
Mas como ter moraria,
onde o Fisco se extravia,
onde a segurança é zero?
Você embarca nas ruas,
não sabe se ainda volta.
E, se volta sem as calças,
as leis lhe dão notas falsas
– aí descamba em revolta.
E vão-se impostos na pia,
dinheirama pelo ralo,
politicalha na boa,
tudo o mais rolando à toa,
ladrões a cantar de galo.
Vou mudar pra Cochinchina,
que talvez não me amargure.
O povo, lá, mais que vive;
ninguém derrapa em declive,
de graça até manicure.
Mas, enfim, pensando bem,
nosso chão é bom país,
e não vou pôr pé no bredo.
É certo que, sob o medo,
torrão nenhum é feliz.
Pés a gente põe na praça:
vai-se às ruas, faz protestos,
grita coisas muito cruas,
pois que vem das nossas ruas
o mais popular dos gestos.
Educação e saúde,
Itens, pois, prioritários;
mas o transporte, também,
num ir e vir muito além,
tudo dentro dos horários.
Venham transportes de massa,
menos carros, essas latas,
e freio na classe média,
dos gregos grande tragédia,
sempre a subir com mamatas.
Ao bom binômio de volta,
sem mais deitar falação,
outras metas boas tantas
nunca serão sacrossantas
quão saúde e educação.
Fort., 25/07/2013.