O Jegue
Coitado do jegue,
Que não tem ninguém para lhe dar,
Uma comida sequer, para ele mastigar.
Só come mato, vive sem atenção,
Sua vida está difícil,
Está sofrendo de emoção.
Uma vez saiu para pastar,
Escutou uma gargalhada, e foi lá olhar.
Chegando lá viu que era um menino
Que estava a festejar,
Pois suas férias só começaram,
E não vai, mas estudar.
O jegue meio que sem entender
Tentou o conhecer, falou seu nome,
E falou mesmo, pode crer.
O menino admirado, sentou ao seu lado,
Falou que estava de férias, e podia brincar sossegado.
O jegue com falta de amigos, perguntou assim:
"Cê quer ser meu amiguim"?
O menino responde que sim.
O jegue arrumou um amigo,
E dele nunca se desgrudou,
Viveram sempre juntos,
E sempre viveram com muito humor.
JÚNIOR, Sueldo. O jegue. Cordel. Ler e aprender. 20 de Julho de 2013.