Após mais de 2 meses publico um novo cordel
A orquestra roncopeidônica
I
Hoje está fazendo um ano
Que eu fiz um juramento
Eu prometi nunca mais
Pernoitar em acampamento
Jurei e não me arrependo
Porque escapei fedendo
E até hoje lamento
II
Eu armei minha barraca
Em um cantinho isolado
Pois não gosto de barulho
Para dormir sossegado
Anoiteceu nela entrei
Foi então que reparei
Que o teto tava rasgado
III
Não sei se azar ou má sorte
Me acordei de madrugada
Com um barulho de chuva
Uma grande trovoada
Com o meu teto rasgado
Já acordei ensopado
E a barraca alagada
IV
Fui dormir com dois amigos
Que estavam noutra barraca
Mas assim que eu entrei
Já senti uma inhaca
Um deles tava peidando
O outro tava roncando
Chega tremia a barraca
V
Foi a noite mais terrível
Que na vida eu já passei
Até o dia raiar
Os olhos eu não preguei
Num canto Joaquim peidava
No outro José roncava
Eu não sei como escapei
VI
A barraca a essa altura
Parecia um chiqueiro
Não dava pra respirar
Pois era grande o mau cheiro
Também não pude dormir
E nem podia sair
Por causa do aguaceiro
VII
Da garganta de José
Saía tudo que é som
Às vezes era uma tuba
Às vezes era um pistom
De vez em quando um trombone
Tinha até saxofone
Tinha cuíca e tom-tom
VIII
Tinha hora que o ronco
Parecia um boi urrando
Outras vezes parecia
Uma moto acelerando
Roncou igual a jumento
E em um dado momento
Parecia um lobo uivando
IX
O ronco do infeliz
Fazia tremer o chão
Às vezes se parecia
Com o rosnar do leão
Uma hora eu confundi
Juro que não entendi
Se era ronco ou trovão
X
Já acho que o Joaquim
Comeu algum estragado
E tenho quase certeza
Que ele amanheceu cagado
Passou a noite peidando
Nem notou José roncando
Dormindo ali ao seu lado
XI
Às vezes Joaquim peidava
Parecia um foguetão
Primeiro vinha um chiado
Depois vinha a explosão
Não dava nem um segundo
O cheiro incensava o mundo
Faltava a respiração
XII
Tinha cada peido forte
Chega o lençol tremia
A bunda batia palma
O eco repercutia
O fedor se alastrava
Eu quase me sufocava
Tampava a venta e tossia
XIII
A peidança de Joaquim
Funcionava em sintonia
Com o roncar de José
Só que o seu som fedia
Juntando garganta e bunda
Primeira voz e segunda
Na mais triste sinfonia
XIV
Só faltava um maestro
Pra dupla sintonizada
Parecia uma orquestra
De tanto que era afinada
Tinha peido em Dó maior
Com o ronco em Lá menor
Junto ao som da trovoada
XV
Já vi tudo que é orquestra
Já vi orquestra sinfônica
Já vi orquestra de câmara
Também já vi filarmônica
Mas juro que não sabia
Que também já existia
Orquestra roncopeidônica
XVI
Meu amigo acredite
Não estou de gozação
Se você for acampar
Se lembre dessa lição
Porque sei que o senhor
Tem amigo roncador
E tem amigo peidão
A orquestra roncopeidônica
I
Hoje está fazendo um ano
Que eu fiz um juramento
Eu prometi nunca mais
Pernoitar em acampamento
Jurei e não me arrependo
Porque escapei fedendo
E até hoje lamento
II
Eu armei minha barraca
Em um cantinho isolado
Pois não gosto de barulho
Para dormir sossegado
Anoiteceu nela entrei
Foi então que reparei
Que o teto tava rasgado
III
Não sei se azar ou má sorte
Me acordei de madrugada
Com um barulho de chuva
Uma grande trovoada
Com o meu teto rasgado
Já acordei ensopado
E a barraca alagada
IV
Fui dormir com dois amigos
Que estavam noutra barraca
Mas assim que eu entrei
Já senti uma inhaca
Um deles tava peidando
O outro tava roncando
Chega tremia a barraca
V
Foi a noite mais terrível
Que na vida eu já passei
Até o dia raiar
Os olhos eu não preguei
Num canto Joaquim peidava
No outro José roncava
Eu não sei como escapei
VI
A barraca a essa altura
Parecia um chiqueiro
Não dava pra respirar
Pois era grande o mau cheiro
Também não pude dormir
E nem podia sair
Por causa do aguaceiro
VII
Da garganta de José
Saía tudo que é som
Às vezes era uma tuba
Às vezes era um pistom
De vez em quando um trombone
Tinha até saxofone
Tinha cuíca e tom-tom
VIII
Tinha hora que o ronco
Parecia um boi urrando
Outras vezes parecia
Uma moto acelerando
Roncou igual a jumento
E em um dado momento
Parecia um lobo uivando
IX
O ronco do infeliz
Fazia tremer o chão
Às vezes se parecia
Com o rosnar do leão
Uma hora eu confundi
Juro que não entendi
Se era ronco ou trovão
X
Já acho que o Joaquim
Comeu algum estragado
E tenho quase certeza
Que ele amanheceu cagado
Passou a noite peidando
Nem notou José roncando
Dormindo ali ao seu lado
XI
Às vezes Joaquim peidava
Parecia um foguetão
Primeiro vinha um chiado
Depois vinha a explosão
Não dava nem um segundo
O cheiro incensava o mundo
Faltava a respiração
XII
Tinha cada peido forte
Chega o lençol tremia
A bunda batia palma
O eco repercutia
O fedor se alastrava
Eu quase me sufocava
Tampava a venta e tossia
XIII
A peidança de Joaquim
Funcionava em sintonia
Com o roncar de José
Só que o seu som fedia
Juntando garganta e bunda
Primeira voz e segunda
Na mais triste sinfonia
XIV
Só faltava um maestro
Pra dupla sintonizada
Parecia uma orquestra
De tanto que era afinada
Tinha peido em Dó maior
Com o ronco em Lá menor
Junto ao som da trovoada
XV
Já vi tudo que é orquestra
Já vi orquestra sinfônica
Já vi orquestra de câmara
Também já vi filarmônica
Mas juro que não sabia
Que também já existia
Orquestra roncopeidônica
XVI
Meu amigo acredite
Não estou de gozação
Se você for acampar
Se lembre dessa lição
Porque sei que o senhor
Tem amigo roncador
E tem amigo peidão