MINHA VOZ EM MARTELO AGALOPADO.

Atrevi-me escrever estou decidido,

Pois não quero viver entristecido,

Mesmo estando um tanto comovido,

Entendendo que o mundo é cruel,

Muitos cálices amargam como fel,

E tão poucos se acham preparados,

E compor tantos versos bem rimados,

Sem querer eu sou forçado a dizer,

Todo aquele que tentar se atrever,

Enfrentar quando o bicho está feroz,

Vai vibrar quando ouvir a minha voz,

Quando canto um martelo agalopado.

Nunca fui de esconder-me em trincheira,

Não encaro a vida como brincadeira,

Pois às vezes são nas horas de bobeira,

Que se tomam os grandes prejuízos,

Que esse mundo nunca foi um paraíso,

Mas confesso que está muito mudado,

Quando choram tantos desafortunados,

Dando um duro da gota pra sobreviver,

Pois não acham meios pra onde correr,

Numa sede em fugir da fome algoz,

Vai vibrar quando ouvir a minha voz,

Quando canto um martelo agalopado.

Entendi que o homem desde menino,

Traz nas veias escrito o seu destino,

Mas se um dia é rico ou peregrino,

Não depende inteiramente da vontade,

Do que o homem precisa na verdade,

É não correr como um desesperado,

Nos negócios e ações ser ponderado,

É aprender a trabalhar com a cabeça,

Seja firme aconteça o que aconteça,

Mesmo triste precisamos crer em nós,

Vai vibrar quando ouvi a minha voz,

Quando canto um martelo agalopado.

Pra vencer precisamos ter coragem,

Não perder nosso tempo em bobagens,

Seja inverno ou tempos de estiagens,

Nossa luta não pode ser interrompida,

Não me diga que a vitória está perdida,

Neste mundo estão todos condenados,

E por piores que sejam os resultados,

Pois a glória está ligada ao vencedor,

Que a vergonha acedia o perdedor,

Que se curva perante a sorte atroz,

Vai vibrar quando ouvir a minha voz,

Quando canto um martelo agalopado.

Pois eu sei não nasci pra ser semente,

Mas tem gente que pensa diferente,

Imagina que vai viver eternamente,

Como se fosse o dono da eternidade,

Pois acredito que esses na verdade,

São no mundo os mais desapontados,

Qualquer coisa os dedos tão cruzados,

A esquivar-se e implorar por proteção,

Sem saber se de Deus tem permissão,

Muito antes que se apaguem os faróis,

Vai vibrar quando ouvir a minha voz,

Quando canto um martelo agalopado.

Sei que toda mulher quer ser amada,

Por seus filhos ser sempre respeitada,

Entre todas sentir-se a mais desejada,

É o maior sonho de todas com certeza,

Foi por isso que Deus em sua grandeza,

A criou como um ser tão bem dotado,

Mas foi feita pra andar do nosso lado,

Dando a ela funções que são tão raras,

Que nem ela própria um dia imaginara,

Ter poder pra vencer qualquer de nós,

Vai vibrar quando ouvir a minha voz,

Quando canto um martelo agalopado.

Nesse mundo tem tanto aventureiro,

Arriscando-se em tudo por dinheiro,

Mas se ele não consegue é o primeiro,

A viver sempre o passado remoendo,

Não entendo o que está acontecendo,

Então se dispõe a cantar desafinado,

Por saber que o futuro está minguado,

Sem saber se ainda tem oportunidade,

Pois entende que a sua melhor idade,

Foi-se embora com o tempo tão veloz,

Vai vibrar quando ouvir a minha voz,

Quando canto um martelo agalopado.

Cosme B Araujo.

11/07/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 13/07/2013
Reeditado em 13/07/2013
Código do texto: T4385290
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.