TIROU ZERO NA PROVA SEM RESPONDER NADA ERRADO.
Quero trazer pra vocês,
Mais um texto engraçado,
Acredito que quem o ler,
Vai ficar bem espantado,
Esse engraçado mistério,
O aluno que ganhou zero,
Sem replicar nada errado.
Irão ver que esse aluno,
É por demais inteligente,
Ao responder as perguntas,
De uma forma diferente,
Conforme ele as entendia,
A sua maneira respondia,
Isso ele o fez num repente.
Esse menino era esperto,
Que a todos incomodava,
Sempre tinha a resposta,
A tudo que perguntavam,
Por causo desse pentelho,
Reuniu-se um conselho,
Pra ver em que o pegavam.
Assim os seus professores,
Pensaram numa maneira,
De pegar o devido aluno,
Num instante de bobeira,
Com temáticas variadas,
Dez questões elaboradas,
Da primeira a derradeira.
Então marcaram o teste,
Pra um dia determinado,
Disseram os professores,
Hoje esse cara tá lascado,
Agora é que eu quero ver,
O que ele vai responder,
Com o que for perguntado.
Eram diversos os temas,
Feitas com grande maestria,
Tinha história e português,
Também do nosso dia a dia,
Com todas as competências,
De matemática e ciências,
De química e geografia.
O dito aluno se assentou,
De frente pra professora,
Que entregou para ele,
Dez perguntas numa folha,
Escrita em papel almaço,
Tendo em baixo o espaço,
A resposta a sua escolha.
O menino quando olhou,
As perguntas no papel,
Disse consigo é moleza,
Mas fácil que comer mel,
Pra acertar as respostas,
Faço isso até de costas,
E nem tiro o meu chapéu.
Tai a primeira pergunta,
Retratando a trajetória,
Sobre o grande Napoleão,
Militar de muitas glorias,
É certo que ele já morreu,
Em que guerra isso se deu,
Nos registros da história?
Nessa primeira pergunta,
Ele bem pouco demorou,
Leu e releu novamente,
E a uma conclusão chegou,
Vejam o que ele escreveu,
A que Napoleão morreu,
Foi na última que lutou.
Vejam a segunda questão,
Está em nossas cartilhas,
Porem para respondê-la
Não é pra cabeça de ervilhas,
Foi em tempos já passados,
Em que lugar foi assinado,
O tratado de Tordesilhas?
O menino deu uma risada,
Que assustou a professora,
Depois ficou cabisbaixo,
Pensando na sua escolha,
Eu não sou um pobre diabo
Pois se assinou o tratado,
Lá no rodapé da folha.
Olha a terceira pergunta,
Essa lhe deixou grilado,
Mas matou logo a charada,
Deu um suspiro demorado,
Responda sem correr risco,
As águas do São Francisco,
Elas correm em que estado?
O menino baixou a cabeça,
E disse nessa infelizmente,
Não sou um abobalhado,
Muito menos um demente,
E aqui que eu tomo porre,
Em que estado à água corre,
No estado liquido somente.
Pergunta número quatro,
Ele não a achou normal,
Porém não fez cara feia,
Leu-a de forma natural,
Se entende esse negócio,
Falando sobre o divórcio,
Qual sua razão principal?
O garoto então ponderou,
Aquilo por um momento,
Assim começou a escrever,
Sem nenhum acanhamento,
Aqui respondo a questão,
Pois sei a principal razão,
É por que tem casamentos.
Olhou a quinta pergunta,
Não tinha visto em acervo,
Mas ele nem se preocupou,
Disse eu também subscrevo,
Pergunta um tanto anormal,
Diga qual a razão principal,
Pra existirem tantos erros?
O aluno estalou os dedos,
E pensou bem essa é nova,
Mas sei na ponta da língua,
Comigo ninguém faz prosa,
Respondo isso sem vacilar,
O principal motivo de errar,
São exatamente as provas.
Ai com a sexta pergunta,
O menino espichou a suã,
Remexeu-se na carteira,
Fez uma cara de Coam,
Mesmo estando com fome,
O que a gente nunca come,
Em um café da manhã?
Pensou, pensou e depressa,
Só se eu fosse uma anta,
Mesmo que todos dissessem,
Esse cabra não me afronta,
É uma resposta de homem,
Pois no café nunca se come,
O nosso almoço e a janta.
E na sétima pergunta,
Quase lhe deixa tantam,
Pois se tratando de frações,
Se dizia um bam bam bam,
Responda-nos sem conteste,
Dizendo com que se parece,
A metade de uma maçã?
Novamente o aluno sorriu,
Dizendo não sou covarde,
Balbuciou bem baixinho,
Mostrando ter sagacidade,
Disse assim ninguém merece,
Mas a banda da maçã parece,
Justo com a outra metade.
Ai leu a oitava questão,
Que assim lhe perguntava,
Se jogo uma pedra branca,
Em uma água encarnada,
Diga que não se estrumbica,
Como é que essa pedra fica,
Quando for da água tirada?
Sorriu balançou o queixo,
Então disse essa é barbada,
Nunca vi uma coisa mais fácil,
Do que essa aqui mostrada,
Com resposta esmagadora,
Disse olha aqui professora,
A pedra fica bem molhada.
Leu a penúltima pergunta,
Com o seu coração a mil,
Pois falava apenas consigo,
Algo mais fácil jamais se viu,
Responda-me sem titubear,
Mas me diga em que lugar,
Que está nosso Brasil?
Ai puxando as duas orelhas,
E manteu-se mansamente,
Suspirou, piscou os olhos,
Escreveu bem calmamente,
O nosso Brasil se encontra,
Inteiro de ponta a ponta,
No mesmo lugar de sempre.
Leu-se a última pergunta,
Que o menino e examinou,
Era de assuntos religiosos,
Mas ele nem se importou,
Naquele determinado dia,
O que foi que matou Golias,
Responda-nos, por favor?
O menino espreguiçou-se,
Raspou a goela bem forte,
Essa aqui está mais fácil,
Do que ir de Sul a Norte,
Respondo-lhe com firmeza,
O que o matou com certeza,
Foi um ser chamado morte.
Assim entregou a prova,
E foi saindo de mansinho,
Então disse a professora,
Espere um instante mocinho,
Sente-se não tenha pressa,
Pois vou achar bom à beça,
Dar a sua nota rapidinho.
A professora observou,
O que o aluno respondeu,
E disse consigo mesma,
Mas que pecado tenho eu?
Pra pagar com penitência,
Todas essas indecências,
Que esse menino escreveu!
Então corrigiu a prova,
Já bastante angustiada,
Ao ver que suas respostas,
Eram bastante engraçadas,
Vou ser bem justa espero,
Dar-lhe-ei uma nota zero,
Mesmo sem ter uma errada.
E comentou com os colegas,
Dizendo estou transpassada,
Vejam só que esse menino,
É mesmo um gênio moçada,
Com toda essa inteligência,
Se conservar a competência,
Terá a vitória assegurada.
São respostas ilusórias,
Em forma de brincadeira,
E tem muito de verdades,
Na infinidade de asneiras,
Que vemos escancaradas,
Nas muitas provas aplicadas,
Aqui nas escolas brasileiras.
Cosme B Araujo.
10/07/2013.