E AGORA, MEU BRASIL?
E agora, meu senhor?
O povo se revoltou
O seu saco estourou
O Pais se mobilizou
Na rede um alguém postou
O trânsito a galera fechou
As ruas o povo lotou
O patrimônio alguém quebrou
A polícia o cacete baixou
Ai o caldo engrossou
O político as orelhas esquentou
Até agora, pouco mudou
Muitos óbitos se registrou
E agora Pátria amada?
As ruas foram fechadas
Transtorno na volta pra casa
A bandidagem infiltrada
Promovendo a depredada
Polícia impossibilitada
Muito bem despreparada
Dispersa o povão na porrada
Até a imprensa é enquadrada
E já não fala em mais nada
E agora, meu Brasil?
Como teu filho refletiu
Ao se vê o que se viu
Se o político não cumpriu
O que no palanque se ouviu
E hoje ganha muitos mils
Sugando essa mãe gentil
E os magistrados, nem um piu
Nem tribunal admitiu
E agora Terra amada?
Como sair dessa enrascada
Se a Dilma está atrelada
A classe elitizada
A pobreza, pobre coitada!
Com “Bolsa miséria”, mais nada
E assim nessa enxurrada
De corrupção, trapalhada
Violência anunciada
A Saúde, “uma piada”
Educação envergonhada
E agora, Pátria querida?
O que será de nossas vidas
Se o congresso é uma quadrilha
Toda no bolso da Dilma
Programas sociais, uma mentira
O que se recebe, o imposto tira
Assim provoca a nossa ira
As esperanças, já se expira...
A massa é pobre, a classe é rica
Se é assim que a coisa fica,
Resta-nos apelar pro Tiririca
Ou amarrar cachorro com lingüiça
E agora meu irmão?
É o jogo do sim e do não?:
Construção de presídio sim,
Construção de escolas, não
Bolsa reclusão(maior que o salário) sim,
Investimento na educação, não
Voto obrigatório aos 16 anos, sim
Prisão ao delinqüente na mesma idade, não
Injustiça ao povo brasileiro,sim
Observância de seus direitos, não
Políticos roubando a nação, sim,
Povo trabalhador com vida digna, não
Leis arcaicas e foras da realidade, sim
Leis atualizadas que propiciem a justiça, não
Leis que beneficiam políticos tranqueiras, sim
Leis que beneficiam o povo trabalhador, não
Representantes incapazes e analfabetos, sim
Representantes esclarecidos e capazes, não
Congresso corrompido e com o rabo preso, sim
Congresso bem representando povo, não
NOTA: Em 1970, em plena ditadura militar, apesar do risco de morte, caso fosse flagrado, um cidadão brasileiro indignado com tanta barbárie imposta por aquele nefasto regime e a propaganda enganosa do governo, cujo slogan era: “Brasil, ame-o ou deixe-o”, colocou em um mastro, em pleno aeroporto de congonhas SP, uma grande faixa que dizia: “O Último que passar, apague a luz!” .Confesso, temer que o povo brasileiro após tantos anos, tenha que seguir o que sugeria aquela faixa!
Poeta J. Pinheiro