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ÀS PRAÇAS!
 


O povo, na pasmaceira,
tempos e tempos calado,
já pôs as asas de fora,
diz a que vem, faz a hora,
repõe motor mais ousado.
 

De repente, vai às ruas,
dando o ar da sua graça,
a cobrar urgentes normas,
exigindo por reformas,
que coisa nova se faça.
 

Sem dar um pio, o político,
de rabo metido às pernas,
mudo, de dente trancado,
pelo povão rejeitado,
não propõe ações modernas.
 

Lambe gordas mordomias,
mão boba no nepotismo,
só mantendo privilégios,
lá em currais, os colégios
do velho continuísmo.
 

De norte a sul, em geral,
a mesma antiga família,
n’alternância dos mandatos:
filhos e netos, uns ratos,
e mais trastes da mobília.
 

Mas a Nação já se coça,
vem às ruas e protesta;
quer saúde, educação,
combate à corrupção
e no poder gente honesta.
 

Embora tarde o seu grito,
quando se organiza o povo,
treme de horror o cinismo,
rui mesmo o continuísmo,
brotam esp’ranças de novo.
 

Às praças, ó brasileiros,
vamos com ‘sujos’ à prensa!
E não às falas, somente:
cadeia a toda essa gente
que em comer tudo só pensa.
 

Em paz, pacificamente,
às praças, ó brasileiros!
Mostremos nosso denodo,
a levar o povo todo
do País aos picadeiros.
 


Fort., 24/06/2013.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 24/06/2013
Reeditado em 25/06/2013
Código do texto: T4356934
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