O VENENO DO PRECONCEITO.

O preconceito tirano

Assoberbado apodrece

Minguando nossos direitos

Isso assim nos entristece

Por falta de caridade

é o vilão da maldade

Que a humanidade padece.

É o dragão do fanatismo

Das loucuras assassinas

Das falsas religiões

Que deturpam as doutrinas

Usando o nome de DEUS

Para interesses seus

Promovendo as chacinas.

O preconceito é o veneno

Que causa destruição

É a serpente do erro

Inoculando a nação

É a lepra que corrói

Contamina e destrói

A vida de cada irmão.

Por causa do preconceito

Há separação na terra

O homem fica vendado

Trocando a paz pela guerra

Se aproximando do abismo

Da intolerância e egoismo

Enquanto o sossego se enterra.

O preconceito é a semente

Que brota tanto tormento

Na terra onde ele nasce

Só se colhe sofrimento

É um fruto sem sabor

Uma planta sem vigor

No deserto poeirento.

O preconceito é o juiz

Que julga sem dá perdão

É o carrasco com a foice

Decepando a união

É a corda da vingança

Que sufoca a esperança

Com as garras da prisão.

O preconceito não respeita

Os pensamentos alheios

Oprime todas as falas

Lhe tolhe todos os veios

Desbota toda aquarela

Tira a beleza da tela

Deixando os quadros feios.

O preconceito não divide

Nem sabe multiplicar

Sua matemática é cruel

Na forma de calcular

Dos outros não quer saber

Pois só soma pra receber

E diminui guando dá.

Comanda os comandantes

Dirige os dirigentes

Dá força aos intolerantes

Não gosta dos diferentes

Devora sem piedade

Tritura toda equidade

Deixando os fortes impotentes.

A lama do preconceito

Atola a vida em seu mangue

Sufocando a liberdade

Faz que o homem se zangue

Levando ao ódio extremo

Desprezando o SUPREMO

Com tristeza morte e sangue.

Penetra em nossas vidas

Sem se quer pedir licença

Vem contaminando tudo

Espalhando sua doença

Sem deixar se receitar

Maltrata quem lhe curar

Se diferente dele pensa.

Mais existe um remédio

Para essa enfermidade

Tem o antídoto certo

Para toda humanidade

Que está convalescente

É um remédio combatente

Que cura toda maldade.

No laboratório da consciência

Tem um coquetel bem feito

De amor e tolerância

De prudência e respeito

É a vacina perfeita

Que imune e rejeita

E mata o preconceito.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 05/06/2013
Reeditado em 05/06/2013
Código do texto: T4327167
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