Pintura do blog do Zé Poesia, Porto Alegre, RS
MADEIRA NAS TRAÇAS
Um erro fazer justiça,
as nossas mãos empregando,
mas se aquela não se faz,
então, no que for capaz,
grite o povo, vez em quando.
Esta a lógica vigente
no seio do zé-povinho:
a lei do olho por olho.
E o povo põe muito molho
onde não há pão e vinho.
Exemplar na conta certa
um fora da lei, com sova,
só faz bem ao safardana.
Antes que já entre em cana,
surra, sem levá-lo à cova.
Assim, o crime vai vendo
de todos a hegemonia:
começa a pôr pé atrás,
deixa de ser contumaz
e modera a covardia.
Um erro fazer justiça,
aplicando a mão da gente,
mas já ninguém mais aguenta
a impunidade nojenta
que se vê diuturnamente.
Assaltou à mão armada
ou a vítima assassina?
Faz jus a levar tareia;
das populações a peia
é a melhor vitamina.
Aqui, na minha cidade,
três assaltantes surrados,
numa semana somente.
Assim aprende essa gente,
ladrões todos já fichados.
Esta a lógica vigente
no meio do zé-povinho:
a lei do olho por olho.
E o povo põe muito molho
onde não há pão e vinho.
Se a violência não para;
se nossas leis são tão lassas;
se não há legisladores
(deputados, senadores),
então madeira nas traças.
MADEIRA NAS TRAÇAS
Um erro fazer justiça,
as nossas mãos empregando,
mas se aquela não se faz,
então, no que for capaz,
grite o povo, vez em quando.
Esta a lógica vigente
no seio do zé-povinho:
a lei do olho por olho.
E o povo põe muito molho
onde não há pão e vinho.
Exemplar na conta certa
um fora da lei, com sova,
só faz bem ao safardana.
Antes que já entre em cana,
surra, sem levá-lo à cova.
Assim, o crime vai vendo
de todos a hegemonia:
começa a pôr pé atrás,
deixa de ser contumaz
e modera a covardia.
Um erro fazer justiça,
aplicando a mão da gente,
mas já ninguém mais aguenta
a impunidade nojenta
que se vê diuturnamente.
Assaltou à mão armada
ou a vítima assassina?
Faz jus a levar tareia;
das populações a peia
é a melhor vitamina.
Aqui, na minha cidade,
três assaltantes surrados,
numa semana somente.
Assim aprende essa gente,
ladrões todos já fichados.
Esta a lógica vigente
no meio do zé-povinho:
a lei do olho por olho.
E o povo põe muito molho
onde não há pão e vinho.
Se a violência não para;
se nossas leis são tão lassas;
se não há legisladores
(deputados, senadores),
então madeira nas traças.
Fort., 03/06/2013.