O MEU SERTÃO NORDESTINO.

Só deixo meu cariri,

Diz o caboclo do sertão,

Somente se não cair,

Nem uma gota no chão,

Pois é aqui nessa terra,

Que o meu bezerro berra,

Encostado no mourão.

Enquanto minha vaquinha,

Conseguir ficar de pé,

Vou levando minha vida,

Do jeito que a vida der,

Não mudo de meu torrão,

Pois foi aqui nesse chão,

Que Deus concedeu-me a fé.

Cá vejo o mandacaru,

Na seca todo florado,

Isso é sinal que o inverno,

Está bem encaminhado,

Ai sim teremos a fartura,

E lá se vai a vida dura,

Está todo mundo aliviado.

Quem sai da terra natal,

Canta assim o nordestino,

Em outro canto não pára,

São caprichos do destino,

O sertanejo camarada,

Quando bate em retirada,

Pranteia feito um menino.

Que Deus do céu me ajude,

Diz-se assim na canção,

É cantada pelos caboclos,

Os moradores do sertão,

Ressoando como uma prece,

Dos caboclos do nordeste,

Que semeia a plantação.

O caboclo nordestino,

Fica a sorri de contente,

Quando ver a asa branca,

Voltando aqui novamente,

Assim chora de emoção,

Quando ver correr no chão,

Abundante águas torrentes.

Cosme B Araujo.

30/05/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 30/05/2013
Reeditado em 30/05/2013
Código do texto: T4316951
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