AMOR, AMOR, AMOR!

Não acredito que amor

seja olhar só pra frente

que coisa mais esquisita

já eu penso diferente

amar é olhos nos olhos ter

gozar no olhar e receber

desse olhar um presente

Nunca um presente qualquer

vai além do sentimento

belezas que se superam

desse sublime momento

o brotar da cumplicidade

belo como amizade

o grande acontecimento

Porque amar é descoberta

mesmo na mata fechada

é ficar vendo pores de sol

na tarde debilitada

passar a noite vendo luar

perder tempo rindo, sonhar

sofrer sorrindo, calada

Tão triste quanto a saudade

instante quase perene

fogo que nunca termina

desenfreado, infrene,

feliz, alegre, contente,

um misto lindo de gente

um ferido, mas indene

Quem ama vive na lua

anda sem jeito, sorrindo,

dança mesmo sem música

tem os carinhos fluindo

chora quando vê um luar

atônito perto do mar

parece bobo, menino

Simula forte loucura

por causa da alegria

e nesse coração alado

tudo se faz fantasia

chove pedras na estrada

mais com tudo se faz nada

nada com tudo é magia

Essa necessidade tal

própria do ser humano

tão-só dele inerente

torna qualquer um insano

pois na força do destino

mesmo o castelo ruindo

faz alegre o desengano

É um desespero não amar

bem como não ser amado

pois amor é necessidade

estar só é desenganado

as coisas são feias e tristes

o entardecer não existe

só um céu todo nublado

Por isso lutamos tanto

por um amor verdadeiro

enfrentamos até feras

doidos, rasgamos dinheiro

e quando o amor acontece

tudo de bom aparece

rimos e tocamos pandeiro

Portanto dou meus parabéns

a quem já descobriu seu amor

- que cara mais felizardo! -

de aplausos é merecedor

vá, continue sendo feliz

no sentimento crie raiz

corre, dê a ela uma flor!

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 29/05/2013
Reeditado em 29/05/2013
Código do texto: T4316118
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