NÃO ACATE O CABRA PESSIMISTA.

CORDEIS EM MARTELO AGALOPADO.

Não acate o cabra pessimista,

Sob pena de tornar-se aliado,

E passará a ser pobre coitado,

Onde antes havia um artista,

Não mude seu ponto de vista,

Para ser apenas um educado,

Prefira a ser um mal criado,

Exercendo seu lado altruísta,

A vida é um mapa já traçado,

Exige também golpe de vista.

Sem consulta vim a esta vida,

Da chegada nem lembro direito,

Depois já sungando um peito,

Disse a dona eu sua a sua mãe,

Assustado imaginei está é bom,

Continuei enchendo a barriga,

E portanto esta vida me fadiga,

Vem o pranto antes do consolo,

Sem aviso daqui a pouco morro,

Tal qual a forma que eu nasci.

Eu preferia ter morrido embrião,

A viver sendo assim transposto,

Restrito a realizar intensos gostos,

Saboreando todo tempo a solidão,

Judiando em demasia do coração,

Afundo na escuridão do poço,

Ser covarde me faz dizer-te não,

A ter que desafiarmos a corte,

Tal gesto é um mortal desgosto,

Que afeta demais meu coração.

Esperei pelo meu dado momento,

De chegar nesta tal de puberdade,

Fui minando certas calamidades,

Num querer premente desta vida

Já mirando a pessoa mais querida,

Dediquei-me a fazer-lhe o gracejo,

E mostrando no amor habilidades,

Me insurgi neste bem dito cortejo,

Se teu beijo tem gosto de saudade,

Imagina o que tem depois do beijo.

Na suave manhã deste sábado,

Que nuvens encobrem o Céu,

Me refaço de forma maleável,

Me aflorando o lado menestrel,

Minha pena desfralda o pensar,

Faz rodeios e passa pelo amor,

Mais não Pode ainda anular-me,

Parâmetros que compõem a dor,

É sabido que na hora de julgar,

Nosso Deus é justo e provedor.

Ó senhor nos aponte o caminho,

Para que cresçamos em oração,

Nos sentimos por ti abandonados,

É infame colocar-te em questão,

Ao saber fazer nossos pedidos,

Conformados teremos a missão,

De tocarmos a vida agonizante,

Arrefecendo os nossos corações,

Crer em ti não é paga nem favor,

É apenas o dever de um cristão.