Água mineral
Parece um sonho, meu ideal
Cristalina água, fundamental
Fé, porvir, impressão digital
A cor do mar, azul sem igual
O homem-de-Neandertal
Qual pavão ornamental
Voar, teu pecado capital
Nego, teu planeta é rural
Esquerdo, Direito Ambiental
Valei-me, Código Florestal!
Seiva do amor, fluxo natural
Irriga a horta do meu quintal
Sonho, quimera, coisa irreal
Crava no peito, adaga, punhal
Desamor, sentimento verbal
Dói no coração, pena o local
Terá sido erro, algo mortal?
Ledo engano, decisão brutal
Que pena, desfez-se o casal
Fundo do poço, fosso colossal
Como estátua num pedestal
Eis a figura, temperamental
Fé balança, não perde sinal
Não tens razão, oh vil metal
Repete-se o ataque frontal
Cruel e atroz batalha naval
Mas, no viés se refez moral
Firmeza, meu cartão postal
Poemas, encanto, canto coral
Trova e poesia no meu recital
Que bela música instrumental
Escuta o som, transcendental
Água, pureza, meu bem natural
Jorge de Montes, meu ancestral
Coração de aço, pulsante metal
Amor profundo, meu sumo vital
És solidez ou maciez total?
Brega, chique ou bem casual
Os corpos iguais na horizontal
Qual forte tu és, sentimental?
Novo o amor, marco legal
Eterno florir, ontem, atual
Flores de março, és o vitral
Aventura e prazer sem igual
Procuro a moça, lanço edital
Bela notícia publica o jornal
Aparece a rês no meu curral
E esta máquina, tem manual?
Fui a caráter, um tanto formal
Levei um gelo, que frio glacial
Relaxa, mina, és aurora boreal
O amor é pilha, paixão carnal
Que morena sincera! E o visual?
Escultura moderna, monumental
Dá-me um abraço experimental
Que te cubro de beijos etc. e tal
Menina do rio, um calor tropical
Paz, oceano, eis a fonte termal
Luminoso e brilhante é o cristal
A felicidade, meu destino final
Meu coração, o eterno portal
Informa, avisa: anúncio geral
É sangue na veia, água mineral
Calma, paciência, sê oriental