A Pedra dos Paravilhanas
Os grafismos que riscam pela Terra
São tonados ao Sol deste recanto
E estridem os raios num só canto
Bem ao lago que não seca ao pé da Serra
El Dorado que marca uma vil guerra
Entre as luzes que se dão soberanas
Danças que nos circundam cabanas
Em gravuras nos Traços do Perdiz
São os Mitos que nunca traduzis
Marcam a Pedra dos Paravilhanas
Eis o fogo que rasga o Ritual
Purifica os olhos na razão
E traçando no peito escuridão
Mancha o homem em óleo natural
Entre todos os membros és igual
Ao cruzar o Escudo das Guianas
Confrontando nas relvas tão Serranas
E em cada passada a Cicatriz
São os Mitos que nunca traduzis
Marcam a Pedra dos Paravilhanas
Seguem as trilhas nos astros do céu
Que firmando a história em Seu momento
Assim guardam os Sons no firmamento
Como na Cachoeira tem seu véu
E entre a tribo está o Mausoléu
A arma, veneno e Zarabatanas
Queimam plantas por todas as Savanas
A lendária Montanha Lua condiz
São os Mitos que nunca traduzis
Marcam a Pedra dos Paravilhanas