Ovelha Morada Nova e a doutora da UFERSA
Pra começo de conversa
E brincar com essa trova
É a doutora da UFERSA
Que estuda Morada Nova
Débora é o seu nome
Andréa, logo apois
Evangelista, sobrenome
Façanha só vem depois
Cursou Agronomia
Morou no Tabapuá
Mestrado, Zootecnia
Nos pampas foi coroar
São Paulo, o doutorado
Na Espanha é bem cotada
Na Itália tem predicado
Onde passou temporada
Os dotes da professora
Parece que não têm fim
Oh mulher trabalhadora
Mexe até com alecrim
Estuda raça de ovelha
Por nome Morada Nova
Falo o que vem na telha
A melhor e tenho prova
A ovelha é de uma raça
De bicho que não tem pelo
Animal bom de carcaça
É só cortá-la com zelo
Sua carne é muito boa
Bem macia e procurada
Nunca vi uma só pessoa
Rejeitar costela assada
Vai bem no clima quente
Do Nordeste brasileiro
Não esqueço no repente
De falar sobre o carneiro
Ingere pouca comida
E rápido se satisfaz
Duvido, nessa medida
Que outro seja capaz
O carneiro deslanado
É hoje o pele-de-boi
Termo não mais usado
Apelido que já se foi
Não tem chifre o carneiro
A que se chama de mocho
Pois nasce muito cordeiro
Pequeno, mas não é frouxo
De cor vermelho-escuro
Até o mocho mais claro
Animal que tem futuro
Mas, é preciso preparo
É mais rústico o animal
E é melhor de criar
É parrudo no visual
É raça pra se adotar
Machos puros-de-origem
Alcançam quarenta quilos
E pouca ração exigem
Os bichinhos tranquilos
GENECOC é um projeto
Que a Embrapa mantém
O discurso é bem direto
Apoio, os criadores têm
À raça Sahel é parelha
Raça de origem africana?
À Somalis se assemelha
Bordaleiro ou castelhana?
Seria de raça nativa?
Raça crioula, parece
A pesquisa é criativa
Origem se desconhece
A ovelha Morada Nova
Deu origem à Santa Inês
Uma raça que se renova
Pois de maior robustez
Da terra que se renova
Eu lembro do céu azul
A ovelha Morada Nova
Em Inglês, Wet Blue