Murmúrio interior
Murmúrio interior
Eu disse em alta voz aos quatro ventos:
-Onde estás? Onde estás? Que mundo estranho!
A dor, a solidão, um caos tamanho,
pretende confundir meus pensamentos!
Mas um murmúrio ouvi nesse momento,
alguém que respondia: - Aqui, poeta!
Estou seguindo há tempos sua meta,
porém os desencontros do caminho,
criaram no meu mundo um desalinho,
roubando-me a paixão tão predileta.
Era a voz do passado, eu conhecia
por ouvir poucas vezes, por acaso.
Não foi falta de amor, não foi descaso,
o destino, talvez, nem percebia
a semente da pura poesia
que lançava nos campos dessa vida.
A saudade ficou, mas esquecida
essa história não foi. Jamais será!
Registrada em meus versos, poderá
por alguém ser um dia compreendida.
Gilson Faustino Maia