A boa cabaça
Grande, pequena, mas sempre oval
De cor escura da casca do pau
Nasce trepando na cerca a cantar
Sobe feliz a fruta a pulsar
É fina no cabo
É leve na folha
É forte e fibrosa
O fruto uma bolha
No mato se usa
pra água beber
Em casa se usa
o arroz escorrer
A quem bem diga
Qu’é fruto viçoso
A quem desdiga
Qu’é fruto horroroso
Mas ninguém duvida
Da força que tem
O pé de cabaça
Que vale um vintém
No fim, bem no fim
Depois de cansada
Sem utilidade
Não faz de rogada
Na mão do caboclo
Se vira um ninho
A fruta bem seca
Pro bom passarinho