Versos aos três grandes gênios da viola
Pinto nasceu em Monteiro
Dos três o grande guru
Lourival de Itapetim
No vale do Pajeú
Pilar o berço ntal
Do grande Mané xudú.
Três gigantes do repente
Três gênios por vocação
Lourival ficou famoso
Xudu teve projeção
Pinto imortalizou-se
Pela sua inspitração
Manoel Sudú Sobrinho
Grande genialidade
Pinto morreu, mas deixou
Uma tremenda saudade
Lourival hoje debate
No palco da eternidade
Essa tríade famosa
Venceu mais de uma conquista
Lourival vate teórico
Xudú famoso sofista
Pinto ficou consagrdo
Como grande repentista
Dessa tríade virente
Ficara recordação
Pinto cantara remoque
Xudú cantava o sertão
Lourival no trocadilho
Consagrou-se campeão
Lourival não volta mais
Pinto também foi embora
De Xudú resta a lembrança
Dos versos que fez outrora
Essa trindade perfeita
Cantava versos na hora
No cenário do repente
Foi nossa maior trindade
Lourival morreu idoso
Pinto na longevidade
Xudú morreu muito novo
Com trinta e nove de idade
Essa tríade vibrante
Ficou famosa na trova
Lourival não decorava
Xudú não temera sova
Pinto cantando repente
Foi mais do que Vila Nova
Pinto figura prudente
Lourival bom trovador
Xudú poeta filósofo
Um eterno sonhador
Desses três monstros sagrados
Pinto foi mais cantador
Depois que Pinto morreu
Todo mundo renomado
Xudú há tempo partiu
Lourival tá sepultado
E os cantadores de hoje
Só cantam bem decorado
Como poeta e leitor
Eu fiz minha descrição
Loutival, Pinto e Xudú
Três gênios da profissão
Os poetas mais famosos
Que já deu nosso sertão
Pinto conquistou plateia
Com seus versos homogenios
Essa tríade famosa
Animou vários proscênios
O povo jamais esquece
Desses três sagrados gênios.
Poema de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.