NEM O CANTO DOS PASSARINHOS
Que pena que o santinho
Não escutou tantas preces
Nem o cantar dos passarinhos
Trouxe a chuva pro nordeste.
Está faltando de tudo
E o sertanejo sofrido,
Desolamento profundo
Porque tudo está perdido.
A terra esturricada
O pouco gado morrendo
Nem mesmo o cacto e a palma
Estão mais sobrevivendo.
Falta o milho e o feijão
E leite o pão a farinha
Coitado daquele chão
Sem sequer uma vaquinha.
O sertanejo cansado
Debaixo de um sol ardente
Já pensa em ir pra São Paulo
Vendo a família carente.
Sem saber o que fazer
Transforma-se em retirante
Se já nem tem o que comer
O jeito é seguir adiante.
Quem sabe ganhar dinheiro
Pra mandar para a família
Que de janeiro a janeiro
Reza junto em romaria
Pedindo a Deus que lhes ouça
Mande chover no sertão
Ainda que seja pouca
Mas que lhes garanta o pão.
Que pena que o santinho
Não escutou tantas preces
Nem o cantar dos passarinhos
Trouxe a chuva pro nordeste.
Está faltando de tudo
E o sertanejo sofrido,
Desolamento profundo
Porque tudo está perdido.
A terra esturricada
O pouco gado morrendo
Nem mesmo o cacto e a palma
Estão mais sobrevivendo.
Falta o milho e o feijão
E leite o pão a farinha
Coitado daquele chão
Sem sequer uma vaquinha.
O sertanejo cansado
Debaixo de um sol ardente
Já pensa em ir pra São Paulo
Vendo a família carente.
Sem saber o que fazer
Transforma-se em retirante
Se já nem tem o que comer
O jeito é seguir adiante.
Quem sabe ganhar dinheiro
Pra mandar para a família
Que de janeiro a janeiro
Reza junto em romaria
Pedindo a Deus que lhes ouça
Mande chover no sertão
Ainda que seja pouca
Mas que lhes garanta o pão.