O NORDESTINO NÃO DESISTE
Os santos não se comovem
Com as preces do nordestino
As nuvens já nem se movem
Nem o gado está mugindo.
O sertanejo coitado,
Já não tem com quem contar
Vê o chão esturricado
E nada que planta dá.
Espera ansiosamente
No dia de São José
Que chova abundantemente
É tudo o que ele mais quer.
Mas até mesmo o santinho
Em que ele tanto confia
Se esqueceu do nordestino
E não choveu no seu dia.
O pouco gado que tinha
Morre ali na sua frente
Não nasce uma plantinha
Não germina uma semente.
Os santos não se comovem
Com as preces do nordestino
As nuvens já nem se movem
Nem o gado está mugindo.
O sertanejo coitado,
Já não tem com quem contar
Vê o chão esturricado
E nada que planta dá.
Espera ansiosamente
No dia de São José
Que chova abundantemente
É tudo o que ele mais quer.
Mas até mesmo o santinho
Em que ele tanto confia
Se esqueceu do nordestino
E não choveu no seu dia.
O pouco gado que tinha
Morre ali na sua frente
Não nasce uma plantinha
Não germina uma semente.
O sertanejo padece
Sem esperança se quer
Que aos poucos também fenece,
Pois já nem cultiva a fé.
O jeito que ele encontra
É bater em retirada,
Partir para outras bandas,
Enfrentar outras jornadas.
Tentar lutar noutras terras
Pelo pão de cada dia
Sem se esquecer das promessas
Que fez a sua família.
O nordestino é um forte
Não tem medo de trabalho
Sai do nordeste pro norte
E de lá vai pra São Paulo.
É pra lá que o nordestino
Com a esperança perdida
Aprende a tirar espinhos
Que entremeiam sua vida.
E quando lá no nordeste
São José mandar chover,
Ele volta e permanece
Fica lá até morrer.
Que aos poucos também fenece,
Pois já nem cultiva a fé.
O jeito que ele encontra
É bater em retirada,
Partir para outras bandas,
Enfrentar outras jornadas.
Tentar lutar noutras terras
Pelo pão de cada dia
Sem se esquecer das promessas
Que fez a sua família.
O nordestino é um forte
Não tem medo de trabalho
Sai do nordeste pro norte
E de lá vai pra São Paulo.
É pra lá que o nordestino
Com a esperança perdida
Aprende a tirar espinhos
Que entremeiam sua vida.
E quando lá no nordeste
São José mandar chover,
Ele volta e permanece
Fica lá até morrer.