Jagunço de Patrimõe

Iscuído a dedo nu –mei do puvuado

o cabra tinha que ter

cara de macho e fama de brabo

Quem alistava o dito

um carça-curta delegado

qui-num-tinha diproma

quarquer formação

pois tamém era numiado.

No patrimõe assombrado

garrucha, revorve, relépa e punhale

incrusive carabina era tudo liberado.

Rigistro e porte ninguém cunhicia

homi grande e piqueno

Fraco ou forte

di-noite ou di-dia

todo mundo andava airmado.

Sentado di-prantidão

Quiném um espantalho

no arto da torre ficava

ou na iscadaria da matriz,

fincado iguár sordado

ostentano na cinta

o ismith cheio de bala

como fosse otoridade

Passano pur ali ocê sempre via

este jagunço ganzépin

vigiano com zói ruim

pru dibaxo da aba

do seu Chapérzin

mai-ném imaginava

qu'ele era primo premêro

do baiano Benézin.

Mandruvachá
Enviado por Mandruvachá em 27/03/2013
Código do texto: T4210190
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