ÊTA BRASIL VERGONHOSO-02.
Vim chegando devagar,
Já estou aqui de novo,
Trazendo mais um cordel,
Pra falar de um fato novo,
Como simples cidadão,
E filho nato deste chão,
De um Brasil vergonhoso.
Com tantas barbaridades,
Que se ver todos os dias,
Sabendo das pilantragens,
Que tantos fazem a reveria,
Não é de se surpreender,
Com as razões e o porquê,
De tantas selvagerias.
Com tantos irresponsáveis,
Vejam que grande ironia,
O sujeito encharca a cara,
Bebendo mais da quantia,
Sai pelo álcool dopado,
Dirigindo embriagado,
Fazendo toda estripulia.
Enquanto isso o coitado,
Do pobre trabalhador,
Que se levanta bem cedo,
Pra cumprir o seu labor,
É por um louco atropelado,
E tem seu braço arrancado,
Deixado a morrer de dor.
E o cabra irresponsável,
Pra completar a má ação,
Em vez de prestar socorro,
Ao pobre caído ao chão,
Com medo de ser flagrado,
Jogou o braço do coitado,
Em um córrego da região.
O que mais me entristeceu,
Ao ver essa reportagem,
Foi saber que existe gente,
Dessas atitudes covardes,
Fazem o mal sem remorso,
Como se falasse eu posso,
Como uma triste mensagem.
Por ver tanta falcatrua,
Que nem sei dizer o nome,
Enquanto políticos roubam,
Milhares morrem de fome,
Por não ter o que inventar,
A moda agora é trapacear,
Com prótese de silicone.
É assim que o nosso país,
Vai aos poucos afundando,
Milhares pagando impostos,
E outros tantos roubando,
Assim a massa da população,
Perece na mão do ladrão,
Pouco a pouco definhando.
Nesse país de burgueses,
É mais que calamidade,
Pro pobre não tem justiça,
Que sofre sem piedade,
Para o pobre a coisa é feia,
Se reclamar leva peia,
É essa a grande verdade.
Pra onde se foi à defensoria,
Que se prega na constituição,
Vive se escondendo do pobre,
Sem nenhuma intervenção,
Enquanto isso os coitados,
Penam sem um advogado,
Nas praças dessa nação.
Parece que a nossa justiça,
Só ver ao que tem dinheiro,
Quem for pobre que se vire,
Pra eles não tem parceiro,
A justiça só enxerga o lado,
Dos homens afortunados,
Tem o jeitinho brasileiro.
Tem gente que pinta e borda,
E com a lei nem se incomoda,
Pois sabe que é protegido,
Conhece todas as manobras,
Contrata um bom advogado,
Pra viver bem sossegado,
Dinheiro ele tem de sobra.
Essas leis de nosso país,
Só faz crime o que sonega,
Mas se o cara tem dinheiro,
A policia não lhe pega,
Pode saber onde está,
Que finge nem enxergar,
A nossa justiça está cega.
Os políticos, por exemplo,
Enganam em quantidade,
Fazem tudo que é errado,
Mas gozam de liberdade,
Como os caras são espertos,
Com os erros descobertos,
Gozam da tal imunidade.
Bem que dizia meu avô,
Há muitos tempos atrás,
Meu filho tome cuidado,
O homem de tudo é capaz,
No mundo não há herdeiro,
Só vale o que tem dinheiro,
Tempo bom não se ver mais.
Vive-se grande pesadelo,
Assim é na era moderna,
O amor saiu dos trilhos,
E o mundo virou baderna,
O homem vale o que tem,
Ninguém gosta de ninguém,
É aqui que todos erram.
Só Deus pode dar um jeito,
Nesse mundo escangalhado,
Quando o juízo perfeito,
For por todos enfrentado,
Não vai ter rico e nem pobre,
Nem o plebeu nem o nobre,
Pra da pena ser poupado.
Cosme B Araujo.
19/03/2013.