Atrevimento Múltiplo

Ela estava em seu canto,

E ele veio todo sacudido,

Com um olhar muito esperto,

A fala parecia grunhido,

Dizendo-lhe coisa bonita,

Conquistou-lhe pelo ouvido.

Ela se abriu feito flor,

Parecia um jasmim,

Na chegada da primavera,

Em meio a tanto capim,

Ficou tão alvoroçada,

Feito casa de cupim.

Certo dia ela chegou para ele,

E falou o que sentia,

Que além da amizade,

Uma atração existia,

E que se ele quisesse,

Ela também queria.

Ele lhe passou um rabo de olho,

Parecia não acreditar,

No fundo bem sabia,

E a temperatura haja a aumentar,

Ela falou tudo o que queria,

Sem deixar dúvida no ar.

Depois de um tempo ele ficou distante,

E ela começou a perceber,

Que havia indiferença,

Mas o que ela podia fazer,

É mulher de uma face,

Pena que ele não soube entender.

Ela não queria perturbá-lo,

Nem tira-lo do seu sério,

É uma menina decente,

Não ver em si nenhum mistério,

Se ele a ignorou,

É porque não sabe o que é mérito.

Homem bom para ela não tem nome,

Cor dos olhos, coisa e tal,

Ela é humilde e sincera,

Para ela muita coisa é normal,

Desafia qualquer um,

Que se sinta animal,

Pois sua razão é seu escudo,

Faca de lâmina fatal.

Ela sabe bem o que é,

E o que pode conquistar,

Não vai correr atrás de alguém,

Que só a faz rejeitar,

Ela ama a vida e se ama,

E esse atrevimento múltiplo,

Ele não irá praticar.

Pois um homem que a queira,

Tem que saber demonstrar,

Levar-lhe ao ápice do prazer,

Os 100% lhe dar,

Pela metade nem a lua,

Ela consegue admirar.

CarlaBezerra

Divina Flor
Enviado por Divina Flor em 17/03/2013
Reeditado em 20/07/2020
Código do texto: T4193291
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