Guanduense Ausente

Guanduense Ausente

...“Nandú você se lembra da sua casinha onde nasceu à beira do Rio Guandu? Das árvores frutíferas no quintal sempre muito limpo; dos peixes pescados no rio próximo, enrolados em folhas de bananeiras e postos para assarem sobre um tosco fogão a lenha, montado com pedras e tijolos soltos no chão ao pé da enorme goiabeira?...”

Baixo Guandu!

Das alterosas para terras Capixabas... Via férrea...

Estação Primeira!

Ah, minha saudosa cidadezinha,

Bela e ensolarada... Uma coisinha!

Seus limites vizinhos, adornos a te emoldurar:

Aimorés, Pancas, Colatina e Itaguaçu.

Das serras, montanhas, vales; das nascentes do Córrego Criciúma,

A formarem leitos para os Rios Manhuaçú e Guandu.

Baixo Guandu!

Ah, minha charmosa cidadezinha.

Seus campos, suas pastagens,

Ao gado alimentar.

Suas matas, florestas... Nascentes d’água a preservar!

Seus frutos, docíssimos. Que delícias!

Mangas: A rainha Primorosa, espada, manguita, coquinho... Manga Rosa... Um néctar!

Baixo Guandu!

Ah, minha acolhedora cidadezinha.

Concebida bem traçada, uniforme e inteligentemente.

Sua avenida principal o marco zero, a Igreja Matriz

Uma alameda te inicia, a escoltá-la em ambos os lados palmeiras imperiais... Carlos Medeiros.

Em toda a sua extensão, também oitis, ficos, paineiras a embelezar-te... Algumas mangueiras!

Nasceste em 10 de abril... Outra principal avenida homenageia,

Que paralela também reverencia a Matriz, na praça S. Pedro o padroeiro... Faceira.

Outras ruas lindas, a abeirar-se à montante em direção à jusante,

Do charmoso Rio Guandu, que corre mansamente em direção a foz... E ao encontro,

Precipitar-se e unir-se com o orgulhoso, soberbo e famoso... Rio Doce.

Ao longo acolhendo sobre si, cinco pontes a atravessá-lo, ligando lados, promovendo

E criando encontros... Um encanto!

Baixo Guandu!

Ah, minha querida e ensolarada cidadezinha,

A Serra dos Aimorés ao norte, nas Minas Gerais,

A Pedra do Souza em terras Capixabas se rivalizam em beleza, contemplam

Esta gente aguerrida que luta, mesmo na orfandade estadual.

Jovens sonhadores, alegres, fraternos... Amantes!

Atributos tantos... Caminhantes!

Que suam... Vislumbram esperanças no horizonte... Agitam!

Moiçolas lindas, graciosas... Deslumbrantes!

A cantar os sonhos dos visitantes...

Caminham resolutas a conclamar toda a cidadezinha a participar,

Dos alegres “foots”, todas as noites na Pracinha Presidente Vargas,

Lugar embalos e encontros, sob o som dos altos falantes vindos do Cinema.

Nesse frenesi, giram, levitam, flutuam... Graciosas!

Movimentando-se em círculos contrários e convergentes pela praça,

Com o propósito para se virem de frente – olhos nos olhos, flertar... Paquerar!

Namoricos... Amor, amores novos a conquistar.

Baixo Guandu!

Ah, minha pequena cidade...

Festas! Bailes! Matinês... Canaã Clube... Uma emoção!

Só paixão!

Rostos colados... Os corpos... Um tesão!

Meninas, moiçolas, donzelas... Faceiras... Feiticeiras... Sestrosas...

Gostosas!

Saudades.

Baixo Guandu!

Ah, meu pequeno Guandu... Que saudades!

Gerastes belos filhos...

Nasci, criança aí vivi,

Felicidades conheci,

Amor para sempre, aí conquistei,

Amigos, vários amigos... Família aí compartilhei.

Valores, formação de berço, uma bênção ai aprendi.

Formei-me... Criei-me...

Por isso... Canto, o canto alegre de saudades,

Recordações, para qualquer tempo e de todas as idades,

Daquilo que foi... E sempre será:

Minha gente!

Eternamente!

BNandú 04/01/2010 Revisado em 28/02/2013

BNandú
Enviado por BNandú em 01/03/2013
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