Desencanto

Desencanto

Era o rumo infeliz, era a morte,

falso sim no caminho, má sorte,

vendaval sobre os mares da vida.

Era um pé sempre sobre o meu calo,

o futuro escorrendo no ralo,

era o demo em constante investida.

Era a vida já bem anciã,

era a prece ao raiar da manhã,

sempre em busca da senda segura.

Era a noite chegando veloz,

o silêncio estampado na voz,

um banquete geral de amargura.

Mas um dia... eis a cruz num canteiro,

demarcando o meu lar derradeiro,

o triunfo, o final dos meus ais!

A vaidade do último tiro,

a tristeza no olhar do vampiro,

desencanto de vários chacais.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 26/02/2013
Código do texto: T4160205
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